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Enfermeiros já admitem levar greve até às eleições de outubro

A dirigente da associação ASPE, Lucia Leite diz que “o assunto está em cima da mesa”.
  • Cristina Bernardo
3 Fevereiro 2019, 11h42

A segunda greve cirúrgica dos enfermeiros dura há cinco dias e as posições estão cada vez mais extremadas.

Se de um lado o governo admite usar todos os meios legais para travar esta paralisação, referindo-se à requisição civil, com o primeiro-ministro, António Costa, a apelidar as greves cirúrgicas de “selvagens” e “ilegais”, já do lado dos enfermeiros admite-se a possibilidade de prolongar o protesto até às eleições legislativas de outubro, noticia o ”Diário de Notícias” (DN), este domingo.

Ou pelo menos é uma a ser considerada pela Associação Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) — uma das estruturas sindicais que convocaram a greve às cirurgias programadas. A dirigente da associação, Lucia Leite diz que “o assunto está em cima da mesa”.

Contudo, a dirigente sindical reforça que o objetivo sempre foi, e continua a ser, negociar com o Governo. “Se a greve tem como objetivo obrigar o Governo a negociar com os enfermeiros, o que estamos a prever é que ao fim destes dias de greve sejam precisos mais para que o Governo se decida a negociar”, explica.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), também responsável por convocar a greve, diz que “está disposto a continuar a luta”, mas não admite a hipótese de prolongar a paralisação até às legislativas. Em declarações ao ”DN”,  o presidente desta estrutura sindical, Carlos Ramalho diz que “a greve vai prolongar-se até 28 de fevereiro, depois voltaremos a avaliar a situação e tudo vai depender da disponibilidade do ministério para dialogar e negociar de forma justa”.

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