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Entrevista à presidente do CHLO. “O desafio mais complexo é a gestão dos recursos humanos. Sempre foi!”

Em entrevista exclusiva ao SaúdeOnline, a presidente do conselho de administração (CA) do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) admite que a carência de médicos, que já existia antes da pandemia, não foi colmatada. Ainda assim, o CHLO tem planos para crescer, com a ampliação da área da cardiologia pediátrica e uma nova UCI.
10 Novembro 2021, 07h26

Tal como acontece com alguns hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), considera que também o CHLO está subdimensionado para a população que serve?

Nenhum sistema de saúde está dimensionado para uma hecatombe deste género. Por outro lado, para aquilo que o CHLO faz habitualmente, admito que possa haver, nomeadamente na área médica, algum défice de camas sazonal. Uma gestão que fazemos com regularidade é, assim que se aproximam os meses de inverno, reforçar o internamento da área médica, retirando alguma capacidade à área cirúrgica. Além disso, instituímos uma gestão comum de camas em cada um dos três hospitais [São Francisco Xavier, Santa Cruz e Egas Moniz]; se não houver camas no serviço de Medicina, o doente vai para outro serviço e é acompanhado pelos seus médicos.

Que impacto teve a pandemia na atividade assistencial do CHLO?

No período do confinamento, os doentes não vinham, o que diminuiu a atividade médica e as listas de espera. No entanto, também este facto foi de algum modo acautelado com informação de cada serviço no site do CHLO, para que os doentes habitualmente seguidos no hospital tivessem forma de contactar os seus médicos ou, pelo menos, o serviço. O facto de termos concentrado no São Francisco Xavier todos os doentes-covid, ficando os outros dois dedicados aos doentes não-covid, permitiu-nos manter alguma atividade cirúrgica. De facto, houve uma quebra nas consultas (embora menor) e nas cirurgias na ordem dos 20% em 2020. Começámos a fazer teleconsultas primeiro apenas pelo telefone e depois também com imagem. No entanto, não adiámos cirurgias prioritárias e muito prioritárias. E conseguimos mudar cirurgias de uns hospitais para outros. Isso fez com que não tivéssemos tido uma quebra tão grande na atividade assistencial em comparação com outros centros.

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