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Epidemiologista defende que índice de transmissão apresentará redução mais acentuada com fecho das escolas

“É claro que, quanto maior for o confinamento, e mais fechadas estiverem as escolas e a comunidade, maior é a redução da transmissão”, disse Baltazar Nunes, do Instituto Dr. Ricardo Jorge, na reunião do Infarmed esta terça-feira.
12 Janeiro 2021, 11h42

O epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Baltazar Nunes, abordou o tema que mais tem gerado controvérsia no novo confinamento: a abertura ou encerramento dos estabelecimentos escolares.

Baltazar Nunes defendeu que encerrar tudo irá fazer decrescer o índice de transmissão, conhecido por Rt, mas que caso se tome a decisão de encerrar as escolas “a redução [do Rt] é mais acentuada”, tendo uma eficácia muito maior na redução de infeções diárias.

“É claro que, quanto maior for o confinamento, e mais fechadas estiverem as escolas e a comunidade, maior é a redução da transmissão”, disse o epidemiologista do Instituto Dr. Ricardo Jorge na reunião do Infarmed esta terça-feira.

“Os modelos matemáticos mostram-nos que um mês de medidas de redução de contactos e de escolas presenciais já traz o Rt para menos de 1. Mas se houver fecho das escolas na totalidade ou em alguns grupos, a redução é mais acentuada”, realçou.

Para mostrar a necessidade de um novo confinamento perante o aumento de novos casos diários, Baltazar Nunes apontou que a previsão se nada for feito “o número de hospitalizações e de novos casos vai aumentar de forma exponencial”.

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