O Papa Francisco recebeu no Vaticano o presidente da Turquia, Recep Erdogan, numa visita histórica, dado que é a primeira de um presidente turco ao Estado católico em cerca de 60 anos. Segundo as agências internacionais, parte substancial do diálogo entre as duas partes centrou-se nos problemas do Médio Oriente.
Segundo a Euronews, Erdogan manifestou ao Papa Francisco o seu agradecimento por o Vaticano ter anunciado em tempo útil – o que não é muito costume no Vaticano – que não apoiava a iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de considerar Jerusalém como capital política de Israel.
Quando Trump finalmente avançou com a decisão, depois de a ter mantido ‘em carteira’ durante vários meses, o Papa Francisco foi dos primeiros a afirmar que não apoiaria a medida e que ela só riria conduzir ao bloqueio das negociações para a paz entre Israel e a Palestrina.
A União Europeia e a totalidade do mundo árabe e dos países do Médio Oriente – mês dos que, como a Arábia Saudita, têm mostrado um forte apoio às políticas externas de Trump – seguiram pelo mesmo caminho, deixando os Estados Unidos (e Israel) sozinho.
Isso mesmo ficou parente no seio das Nações Unidas, quando a esmagadora maioria dos 193 países presentes na assembleia votaram contra a decisão de Donald Trump.
Ainda sobre o Médio Oriente – um dos temas mais atuais da agenda internacional – o Papa Francisco e Recep Erdogan defenderam a “necessidade de promover a paz e a estabilidade” na região, segundo adianta a agência Euronews.
Pela ocasião, o líder da Igreja Católica ofereceu a Erdogan um medalhão com “um anjo que estrangula o demónio da guerra” e, nos 50 minutos do encontro privado, não terá deixado de abordar a ofensiva lançada a 20 de janeiro pelo regime de Ancara contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular na região de Afrine, no norte da Síria.
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