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Escola de tecnologia Ironhack fecha ronda de investimento de 16,5 milhões de euros

O financiamento, liderado pelo fundo norte-americano Lumos Capital, servirá para a instituição expandir capacidades de aprendizagem remota, oferta formativa no campus de Lisboa e formação corporativa.
20 Janeiro 2021, 12h34

A escola de ensino de tecnologia Ironhack anunciou esta quarta-feira que fechou uma ronda de financiamento série B no valor de 20 milhões de dólares (aproximadamente 16,5 milhões de euros) liderada pelo fundo norte-americano Lumos Capital.

O financiamento – que servirá para a instituição expandir capacidades de aprendizagem remota, oferta formativa no campus de Lisboa e formação corporativa – contou ainda com a participação do fundo de capital de risco Catalisador da Endeavor e outros investidores, entre os quais a Brighteye e a Creas.

Logo, por trás desta expansão está a pandemia, que forçou a transformação digital e, consequentemente, o ensino por meios telemáticos e a competição pelo talento especializado em tecnologia. Segundo a Ironhack, a necessidade de empregos mais resilientes nunca foi tão elevada.

“Em Portugal, a trabalhar a reconversão de talento, a Ironhack será um elemento chave para ajudar a solidificar o mercado como um hub tecnológico, e para diminuir o desemprego, uma vez que nos permitirá aumentar a nossa oferta B2B e expandir as parcerias com grandes empresas portuguesas e startups, para aumentar o acesso à formação tecnológica”, explicou Munique Martins, responsável pelo campus da Ironhack de Lisboa, em comunicado.

Em termos de desenvolvimento corporativo, a Ironhack – que tem campus em nove cidades pelos Estados Unidos, Europa e América Latina – irá focar-se na aquisição de talento, recapacitação dos profissionais e criação de novas oportunidades de carreira ou mesmo de funções nas empresas da qual fazem parte.

O porta-voz da escola de formação tecnológica dá ainda o exemplo da parceria com a Fundação José Neves, que permite aos alunos fazerem o curso “e só pagarem depois de estarem contratados” e do acordo com a Zomato, “onde a iniciativa de bolsas já ajudou a formar e empregar 50 alunos em 2020”.

“De acordo com dados do Eurostat, é cada vez mais difícil para as empresas da União Europeia< preencherem vagas na área da tecnologia, sendo que em território português, 47% das empresas não o conseguem fazer. Desta forma, o investimento terá também impacto nas nossas principais missões: ajudar empresas a empregar talento tecnológico especializado mais rapidamente e manter o talento no país, requalificando-o e garantindo o acesso a melhores oportunidades de emprego”, diz Munique Martins.

Em Portugal, a escola contabiliza 24 bootcamps realizados, desde 2018 e mais de 330 alunos formados entre os 8 mil em todo o mundo. “Ajudará a fortalecer o ensino remoto, dando acesso à experiência Ironhack a todos os cantos de Portugal, uma vez que já temos alunos da Madeira e Açores”, acrescenta Munique Martins.

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