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Espanha: Ciudadanos descarta qualquer aliança com o PP

Secretário-geral do partido defende que a sua formação é uma alternativa diferente, “reformista e profundamente regeneradora”. Mas a ideia parece ter muito adeptos.
5 Agosto 2019, 07h37

O secretário-geral dos Ciudadanos, José Manuel Villegas, descartou acordos de colaboração eleitoral com o PP em futuras eleições, pretendendo assim aprofundar as diferenças entre os dois partidos e não qualquer contacto ideológico ou outro que pudesse haver entra as duas formações. O Ciudadanos é um partido “reformador e profundamente regenerador”, disse ao jornal ‘El Pais’, pelo que não há nenhuma intenção de qualquer aliança – tanto imediata como à posteriori.

Essa não é, no entanto, a visão de todo o eleitorado à direita do PSOE: repetidas vezes, várias sondagens têm admitido que uma aliança pré-eleitoral entre o PP e o Ciudadanos elavancaria os votos e colocaria as duas formações bem mais perto da vitória – até porque poderia ir buscar votos ao Vox.

Seja como for, Villegas não partilha a proposta popular de que ambos os partidos busquem fórmulas de colaboração para as eleições, sejam elas nacionais ou regionais, para aumentar as suas hipóteses de aumentarem a influência.

“Acho que é bom que existam opções diferentes e o Ciudadanos representa uma opção para pessoas moderadas, para o centro, para pessoas liberais. É uma opção com características próprias, que acho que seria mau se fossem diluídas em qualquer outro tipo de coligação”, explicou.

Portanto, “se chegarmos a acordos com partidos envolvidos em casos de corrupção ou que são extremistas, ou que não são reformistas, então uma alternativa que está a crescer e que está a ficar mais forte seria diluída”, argumentou, aludindo a acordos possíveis tanto com o PP como com o Vox.

O líder do Ciudadanos rejeitou os pactos eleitorais com o PP também em locais onde é especialmente difícil obter votos, como o País Basco. “O partido, que tem assento em praticamente todas as províncias, tem de apresentar-se em toda a Espanha com sua própria sigla e com as suas próprias propostas. Senão, estaríamos a distorcer e a fazer com que as diferenças não fossem claras”.

Além disso, reforçou, o Ciudadanos representa uma alternativa ao bipartidarismo do PP e do PSOE e surgiu precisamente para “mudar um sistema que está em vigor há 30 anos”. “Estamos a ganhar espaço toda as vezes que há eleições, à custa dos velhos partidos” e “pretendemos continuar a fazer isso”.

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