A repetição das eleições gerais de 10 de novembro está, segundo alguns comentadores do momento político espanhol, cada vez mais próxima: a reunião que Pedro Sánchez e Pablo Iglesias mantiveram esta terça-feira, a quinta desde as eleições e a duas semanas da investidura já programada, foi mais uma vez inconclusiva.
O desacordo entre Sánchez e Iglesias está reduzido à presença do Podemos num governo de coligação – e o partido terá mesmo pedido nada menos que a vice-presidência do executivo. O Podemos desmente o pedido – o que só serviu para que os dois partidos se distanciassem ainda mais, possivelmente de forma definitiva.
O PSOE insiste que não tem maioria absoluta entre as duas forças e considera apenas um governo apenas socialista, após um acordo programático com seu aliado nos últimos 12 meses. A posição de Sánchez é simples: se a coligação com o Podemos continua minoritária nas Cortes, mais vale o PSOE tentar ‘a sorte’ sozinho.
“O que a Espanha precisa é de um governo da coligação de esquerda e esperamos convencer o PSOE a flexibilizar a sua posição; a sua proposta de que o governo deve ser de um partido único vai em direção contrária ao que os cidadãos votaram”, declarou o líder do Podemos, citado pelos jornais espanhóis, no final da reunião.
A resposta do PSOE, através da sua vice-secretária e porta-voz às Cortes, Adriana Lastra, foi igualmente difícil: “a reunião não foi bem sucedida; parece que Iglesias está mais preocupado com os nomes do Conselho de Ministros do que com as políticas a serem desenvolvidas”.
A votação para a investidura (dia 22 e 23 de julho) é resolvida com maioria absoluta, Se esta não sunceder, dois dias depois a votação será repetida e o governo avançará com uma maioria simples.
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