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Espanha: uma em cada 100 PME vai fechar as portas. Motivo: aumento do salário mínimo para 900 euros

O Banco de Espanha considera ser muito cedo para avaliar o impacto negativo do aumento do salário mínimo para 900 euros na criação de emprego em Espanha.
7 Agosto 2019, 21h45

Uma em cada cem pequenas e médias empresas em Espanha estão a encerrar face ao aumento do salário mínimo para 900 euros, segundo revela o jornal “El Economista” esta quarta-feira.

Embora várias entidades, como o Banco de Espanha, considerem ser muito cedo para avaliar o impacto negativo do aumento do salário mínimo interprofissional (SMI na sigla espanhola) na criação de emprego em Espanha, essa consequência foi observada nas pequenas e médias empresas (PMEs). De acordo com um estudo da EAE Business School, esta medida já levou a mais de 1% das PMEs espanholas com funcionários a encerrar.

A principal causa está no aumento dos custos com os trabalhadores causada pela medida aprovada pelo governo de Pedro Sánchez, que entrou em vigor em janeiro de 2019. Isso significou um aumento dessas despesas de 22,3% para com os “trabalhadores menos qualificados, o que prejudicou principalmente a competitividade de empresas menores, obrigando mais de 15 mil a fechar, com as demissões que isso acarreta”.

O relatório também acusa as políticas protecionistas das Administrações Públicas, uma vez que elas reduzem o mercado de PMEs e “as forçam a serem generalistas”.

No entanto, uma vez que a Associação de Trabalhadores Autónomos (ATA) não registou tais efeitos “o aumento do SMI teve impacto na criação de empregos, nos custos das empresas e dos empregadores autónomos, mas é difícil vinculá-lo à destruição das PMEs e dar uma estimativa”, indica o relatório.

A desaceleração na criação de empregos e na redução do desemprego piorou no último trimestre em Espanha. Em julho, o desemprego registou a sua menor diminuição nos últimos 11 anos e o próprio governo admitiu que teve um crescimento moderado.

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