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Espanhol Bankia quer cortar 2.510 postos de trabalho

O banco espanhol Bankia propôs aos sindicatos um corte de 2.510 postos de trabalho, uma medida que também afeta os trabalhadores do Banco Mare Nostrum (BMN), que está a meio do processo de integração naquela entidade financeira.
18 Dezembro 2017, 17h24

De acordo com a imprensa digital espanhola, o “ajustamento” proposto afeta as duas empresas, com uma redução de 1.118 empregados da rede de agências, 817 dos serviços centrais, ao que se deve adicionar 200 trabalhadores afetados pelo processo de digitalização e outros 375 considerados em excesso e cedidos a outras entidades.

Os sindicatos classificaram de “excessivo” o número avançado pela direção e manifestaram-se contra as saídas, defendendo “que o processo seja voluntário na sua totalidade”.

O projeto do Bankia é fechar um acordo com os sindicatos até finais de fevereiro do ano que vem para assim encerrar quanto antes o processo de fusão dos dois bancos.

A operação é facilitada pelo Fundo de Reestruturação Ordenada da Banca espanhola e enquadra-se na intenção do Governo espanhol de privatizar os dois grupos bancários nacionalizados durante o resgate bancário de 2012.

Prevê-se que a fusão dos dois bancos possibilitará sinergias de 155 milhões de euros em três anos, estando o custo da reestruturação estimado em 334 milhões de euros.

O Bankia está a utilizar um processo previsto na legislação espanhola e conhecido como ERE (Expediente de Regulação do Emprego) pelo qual uma empresa em dificuldade obtém autorização para suspender ou despedir trabalhadores.

O Estado espanhol vendeu há uma semana 7% do banco intervencionado Bankia por 818,30 milhões de euros, baixando para 60,63% a sua participação naquela entidade.

O executivo espanhol assumiu o controlo do Bankia, um dos maiores bancos do país, em maio de 2012, naquela que foi a oitava nacionalização de um banco em Espanha desde o início da crise financeira.

O Bankia foi uma das entidades mais afetadas pela grave crise do setor imobiliário espanhol, que implicou o encaixe bancário de mais de 180 mil milhões de euros em ativos tóxicos.

O banco recebeu mais de 22 mil milhões de euros em ajudas financeiras, sendo a instituição que beneficiou de mais apoios públicos no processo de reestruturação do setor financeiro iniciado em maio de 2009 que, no total, mobilizou 61 mil milhões de euros.

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