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Especialista diz que risco de infeção por Covid-19 é maior fora das comunidades escolares

Para Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, este indicador revela que os “fenómenos de prevenção [nas escolas] estão a funcionar”.
  • covid
13 Abril 2021, 12h48

Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apontou que o risco de infeção por Covid-19 é maior fora das comunidades escolares, durante reunião do Infarmed com Governo e partidos políticos representados na Assembleia da República.

As conclusões de Henrique de Barros foram obtidas a partir de um estudo realizado a dois agrupamentos de escolas em Santa Maria da Feira e Paredes, a 1129 estudantes e 210 profissionais. Foram realizados testes rápidos e testes serológicos, bem como inquérito de sintomas e de contactos de forma a recriar o percurso da infeção ao longo do tempo.

Assim, a partir deste estudo foi possível descobrir que o risco de infeção é maior fora das comunidades escolares, o que para Henrique Barros demonstra que os “fenómenos de prevenção estão a funcionar”.

O especialista também revelou que “nas mesmas escolas houve imensas escolas sem nenhum caso e houve algumas turmas com muitos casos”, o que revela uma “extrema variedade” quanto ao contacto das crianças com o vírus.

Quanto à frequência de infeção, Henrique de Barros explicou que esta é semelhante entre estudantes e profissionais e que um quarto das crianças e um quinto dos adultos fez um “curso assintomático”.

Durante a sua apresentação, Henrique de Barros informou ainda que, em março, a incidência da doença foi mais nos grupos mais jovens, abaixo de 10 anos. No entanto, “está a notar-se uma desaceleração desse crescimento”, afirmou o especialista.

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