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Estados Unidos e Reino Unido alertam para “atividade cibernética maliciosa” na Rússia

“Os alvos desta ciberatividade maliciosa são, principalmente, os governos e organizações do setor privado, os fornecedores de infraestruturas cruciais e os fornecedores de serviços de Internet”, refere o comunicado conjunto do Centro Nacional de Segurança Cibernética britânico, do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e do FBI.
16 Abril 2018, 20h50

Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram hoje um raro alerta conjunto demonstrando preocupação com a “atividade cibernética maliciosa” do Estado russo, que visa as administrações e infraestruturas.

“Os alvos desta ciberatividade maliciosa são, principalmente, os governos e organizações do setor privado, os fornecedores de infraestruturas cruciais e os fornecedores de serviços de Internet”, refere o comunicado conjunto. O documento foi assinado pelo Centro Nacional de Segurança Cibernética britânico e pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e pelo FBI.

Na semana passada, um tribunal russo determinou que a aplicação de mensagens Telegram deve ser bloqueada de imediato no país. A decisão surge após meses de batalhas legais entre a Telegram e o Roskomnadzor, órgão regulador das telecomunicações da Rússia. A agência de serviços de informação russa, FSB, quer aceder a dados de utilizadores da Telegram através da partilha de chaves encriptadas, mas esta recusou-se a acatar o pedido, mesmo depois de uma decisão judicial.

Já de acordo com um chefe das Forças Armadas britânicas, a Rússia pode vir a representar uma ameaça aos países da NATO, cortando os cabos submarinos de que dependem a Internet e o comércio internacional.

O aviso foi feito em dezembro por Stuart Peach, o general da Força Aérea britânica e chefe da Defesa britânica que preside também ao comité militar da NATO. Segundo Stuart Peach, “existe um novo risco para a nossa prosperidade e modo de vida, para os cabos que atravessam os nossos mares”, uma perturbação que, “através do corte dos cabos ou da sua destruição” iria “imediata e catastroficamente fraturar tanto o comércio internacional como a internet.”

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