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Estados Unidos obrigam 3M a produzir mais máscaras

“O governo também pediu à 3M deixasse de exportar respiradores que fabricamos nos Estados Unidos para o mercado canadiano e latino-americano. Há, no entanto, implicações humanitárias significativas em cessar o fornecimento de respiradores para os profissionais de saúde no Canadá e na América Latina”, disse a multinacional, presente em Portugal há mais de 50 anos.
3 Abril 2020, 20h02

A multinacional norte-americana 3M anunciou esta sexta-feira que vai aumentar a produção de respiradores e a importação de máscaras para os Estados Unidos, depois de Donald Trump ter evocado uma antiga lei criada para garantir o fornecimento de equipamentos médicos vitais.

A empresa industrial tecnológica, que está presente em Portugal há mais de 50 anos, informou que vai trabalhar “em estreita colaboração” com a Agência Federal de Gestão de Emergências para priorizar as encomendas das máscaras de proteção/cirúrgicas.

O presidente dos Estados Unidos fez referência à 3M ontem à noite num ‘tweet’, cinco depois de ter evocado a Defense Production Act (DPA), uma lei que foi aprovada a 8 de setembro de 1950 – no início da Guerra da Coreia – para garantir a produção de ventiladores e de outros equipamentos hospitalares.

O diploma dá ao presidente o poder de expandir a produção industrial de determinados materiais ou produtos essenciais para a segurança nacional e acaba por obrigar tanto esta empresa a produzir máscaras como fabricantes automóveis a produzir ventiladores. É o caso da General Motors.

Em comunicado, a 3M explica que no início desta semana teve ‘luz verde’ da China para exportar para os Estados Unidos 10 milhões de respiradores N95 fabricados na Ásia. “A narrativa de que não estamos a fazer tudo o que podemos como empresa simplesmente não é verdadeira”, disse hoje o CEO da 3M, Mike Roman, entrevista ao canal de televisão  “CNBC”.

“O governo também pediu à 3M deixasse de exportar respiradores que fabricamos nos Estados Unidos para o mercado canadiano e latino-americano. Há, no entanto, implicações humanitárias significativas em cessar o fornecimento de respiradores para os profissionais de saúde no Canadá e na América Latina, onde somos um fornecedor crítico de respiradores”, respondeu a empresa no documento suprarreferido.

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