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Estados Unidos ordenam prisão da diretora financeira da Huawei

Wanzhou Meng, que é também filha do fundador da empresa, estava no Canadá quando foi detida, por suspeita de ter violado sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão.
6 Dezembro 2018, 08h29

As autoridades canadianas prenderam a diretora financeira da fabricante de tecnologia chinesa Huawei em Vancouver, no Canadá. Wanzhou Meng, que também é vice-presidente do conselho consultivo da empresa e filha do fundador, Ren Zhengfei, foi detida a pedido da Justiça norte-americana. A Huawei é a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações e a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, depois de ter ultrapassado a Apple este ano.

A notícia foi dada primeiramente pelo jornal local ‘The Globe and Mail’ e, de acordo com a publicação, a prisão foi realizada no último sábado. Em um comunicado enviado ao jornal, o Departamento de Justiça do Canadá afirmou que os Estados Unidos solicitaram a extradição de Meng e que está marcada uma audiência para o estabelecimento de uma fiança.

Em nota, a Huawei confirmou a prisão de Meng e afirmou que a companhia recebeu poucas informações sobre o caso. “Não estamos cientes de nenhum comportamento ilegal cometido por Meng. A empresa acredita que os sistemas legais de Canadá e dos Estados Unidos irão chegar a uma conclusão justa”.

A tensão entre as autoridades dos Estados Unidos e a Huawei têm vindo a crescer desde 2016, e foram agravadas pela guerra comercial entre norte-americanos e chineses. Em agosto, o presidente Donald Trump, alegando preocupações com segurança nacional, assinou uma lei que proíbe agências do governo de usar produtos e serviços da Huawei e da também chinesa ZTE.

Em junho, o governo norte-americano apelou à Google para que a empresa deixasse de fazer negócios com a Huawei, alegando preocupações com a segurança nacional.

Mesmo assim, e apesar dos esforços do presidente, o grupo chinês tem vindo a crescer em todos os países ocidentais e a tecnologia que apresenta é cada vez mais concorrencial, nomeadamente com a Apple.

Por outro lado, o governo chinês já disse que não vai cumprir o embargo comercial imposto pelos Estados Unidos ao Irão – o que foram muito boas novidades para Teerão, já que a China é o principal destino do petróleo iraniano.

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