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Estados Unidos ponderam bloquear acesso ao TikTok

“Estamos certamente a analisar [essa hipótese]”, admitiu o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em entrevista à “Fox News”.
7 Julho 2020, 19h12

O governo dos Estados Unidos está a estudar a restrição do acesso dos utilizadores norte-americanos à aplicação móvel chinesa TikTok face a preocupações de que esteja a ser utilizada por Pequim como forma de propaganda e para vigiar a população.

A informação foi dada pelo secretário de Estado norte-americano ao canal “Fox News”: “Estamos a levar isso muito a sério e estamos certamente a analisar. Nós trabalhamos neste assunto há muito tempo, tanto em relação ao problema de ter tecnologia Huawei nas nossas infraestruturas – estão a fazer um progresso sério ao divulgar este alerta – e declarámos a ZTE um perigo para a segurança nacional”.

Mike Pompeo lembrou estes casos em declarações ao programa “The Ingraham Angle” e, sem dar mais detalhes, referiu que, “sobre as aplicações chinesas nos telemóveis das pessoas”, pode “garantir que os Estados Unidos também acertarão nesta”.

O TikTok, que tem mais de 800 milhões de utilizadores em todo o mundo, é uma app de partilha de vídeos curtos que pertence à empresa ByteDance, com sede em Pequim. A rede social, que conta atualmente com Charli D’Amelio e Addison Rae como duas das tik tokers com mais seguidores do mundo, já foi restringida na Índia e a Austrália também tem essa hipótese em cima da mesa.

Já os residentes de Hong Kong vão deixar de poder usar a rede social no âmbito da lei de segurança nacional imposta pelo regime chinês. “À luz dos eventos recentes, decidimos suspender a aplicação TikTok em Hong Kong”, disse hoje um porta-voz do grupo chinês ByteDance, citado pela agência noticiosa France-Presse. A suspensão completa deverá ser feita dentro de alguns dias, segundo o grupo que detém o TikTok.

Facebook, Google e Twitter confirmaram ontem que não vão responder aos pedidos de informações sobre os seus utilizadores por parte do Governo e autoridades de Hong Kong, por respeito à liberdade de expressão. As quatro multinacionais disseram que as suas equipas estão a analisar a controversa nova lei.

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