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“Estamos no mês mais crítico desta pandemia”, afirma secretário de Estado da Saúde

O Secretário de Estado da Saúde deixa o aviso à população portuguesa de que “não podemos vacilar e não podemos baixar a única defesa que temos no combate à epidemia que é a contenção social”.
  • Tiago Petinga/Lusa
3 Abril 2020, 13h22

“Estamos no mês mais crítico desta pandemia”, é desta forma que António Lacerda Sales fala sobre o atual momento do surto do coronavírus em Portugal. Na habitual conferência da Direção Geral de Saúde, o Secretário de Estado da Saúde, salientou que “a renovação do Estado de Emergência obriga-nos a todos a um esforço adicional na luta contra este vírus e por isso, nunca é demais lembrar que não podemos vacilar e não podemos baixar a única defesa que temos no combate à epidemia que é a contenção social”.

Lacerda Sales sublinhou que “o aumento da testagem e da deteção de casos de infeção continua a ser uma prioridade do ministério da saúde”, acrescentando que “de 1 de março a 1 de abril foram processadas cerca de 86 mil amostras para diagnóstico da Covid-19” e no “dia 1 de abril foram processadas cerca de 7.900 amostras”.

O Secretário de Estado referiu que “além do aumento da capacidade de resposta, estamos também a diligenciar para melhorar o tempo dessa resposta junto dos laboratórios convencionados”, acrescentando que “em termos de encomendas está prevista a chegada faseada de 24 milhões de máscaras cirúrgicas até ao final de abril e de 1.8 milhões de máscaras ffp2 até final do mês de maio”.

O Governo conta também com a produção interna. “A indústria nacional tem mostrado disponibilidade para adaptar a sua capacidade produtiva para equipar o sistema de saúde. Saudamos essas empresas, mantendo empregos ao mesmo tempo que ajudam o Serviço Nacional de Saúde e todos os colaboradores que estão neste momento na linha da frente no combate ao Covid-19”, afirmou Lacerda Sales.

Questionado sobre a falta de formação em médicos e enfermeiros, Lacerda Sales referiu que “a formação está a ser feita junto dos profissionais de saúde. Estamos a aproveitar todos os profissionais de saúde a maioria dos quais têm ou já tiveram experiência nas unidades de cuidados intensivos”.

Em relação às queixas sobre o funcionamento da linha SNS24, o secretário de Estado da Saúde frisou que “tem havido uma melhoria continua na linha SNS24. Ontem foram recebidas 19.263 chamadas, foram atendidas 15.420, com um tempo médio de espera de 5:52 minutos”.

Sobre uma eventual cerca sanitária na cidade do Porto, Lacerda Sales esclareceu que “não há neste momento qualquer ponderação relativamente a esta matéria”.

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