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“Este não é o terceiro mandato de Obama”, avisa Joe Biden na sua primeira entrevista após ser eleito

“Este não é o terceiro mandato de Obama. Estamos a enfrentar um mundo completamente diferente daquele da administração Obama-Biden”, disse Biden, acrescentando que os quatro anos governados por Donald Trump “mudaram o cenário” a nível global.
25 Novembro 2020, 10h39

Após a apresentação dos primeiros membros da sua administração, Joe Biden sustentou na sua primeira entrevista que “este não é o terceiro mandato de Obama”, avança o “The Guardian” esta quarta-feira, 25 de novembro.

A sua administração vai contar com alguns responsáveis que estiveram com Barack Obama durante a sua presidência entre 2008 e 2016.

Com uma administração diversificada, o presidente eleito promete representar todo o espectro do país, indo dos afro-americanos aos indígenas, e o partido Democrata. Joe Biden assumiu que o sue governo ia enfrentar desafios únicos, devido à pandemia e todas as suas consequências, e que pretendia afastar-se da sombra do homem que serviu enquanto vice-presidente.

“Este não é o terceiro mandato de Obama. Estamos a enfrentar um mundo completamente diferente daquele da administração Obama-Biden”, disse Biden, acrescentando que os quatro anos governados por Donald Trump “mudaram o cenário”.

“Quero que este país seja unido”, sustentou Joe Biden durante a entrevista à NBC, referindo-se às diversas manifestações que têm acontecido em todo o território e que têm separado o povo americano. A próxima vice-presidente, Kamala Harris, enalteceu as escolhas de Joe Biden, elogiando o gabinete que “se parece com a América e que reflete o melhor da nossa nação”.

Com alguns lugares da administração já preenchidos e outros em aberto, várias vozes no Senado aplaudiram as nomeações de Janet Yellen para a Secretaria do Tesouro e de Ron Klain para chefe de gabinete, mas mostraram preocupação com a possibilidade de Biden escolher Bruce Reed, um dos antigos chefes de gabinete do então vice-presidente, para liderar o Departamento de Gestão e Orçamento, “dado o seu histórico de antipatia por programas de segurança económica dos quais vários trabalhadores confiam e dependem”.

Relativamente ao presidente cessante, Joe Biden disse que não iria usar o Departamento da Justiça como o seu próprio veículo, de forma a investigar as declarações financeiras de Donald Trump e a alegada interferência estrangeira nas eleições. Quando sair da presidência dos Estados Unidos, a 20 de janeiro, Donald Trump perde a proteção constitucional e já pode ser investigado e julgado.

De acordo com Biden, a equipa de Donald Trump, após a ‘luz verde’ do presidente, já começou a preparar os briefings diários para pôr o presidente eleito a par de tudo o que se passa no território até assumir a presidência no próximo mês de janeiro. Joe Biden assumiu ainda que já pôs a sua equipa Covid-19 em contacto com a equipa que se encontra atualmente na Casa Branca, de forma a que as duas consigam discutir a forma de distribuição e vacinação da população americana.

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