O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou estar a consumir hidroxicloroquina, medicamento habitualmente utilizado no tratamento da malária, para evitar a infeção por coronavírus, apesar das autoridades de saúde pública já terem referido que este não é um procedimento adequado ou recomendável, segundo a BBC.
“Estou a tomar há cerca de uma semana e meia e ainda estou aqui”, anunciou o presidente norte-americano. “Ficariam surpreendidos com a quantidade de pessoas que estão a consumir, especialmente os trabalhadores da linha de frente, muitos, muitos estão a tomar”, disse Donald Trump aos jornalistas na Casa Branca.
Donald Trump admitiu também estar a tomar um suplemento diário de zinco e recebeu uma dose de azitromicina, um antibiótico destinado a prevenir infeções. Quando questionado sobre se o seu médico tinha recomendado este tratamento, o presidente dos EUA disse ter solicitado.
“Após inúmeras discussões que tivemos sobre as evidências a favor e contra o uso da hidroxicloroquina concluímos que o potencial benefício do tratamento superava os riscos relativos”, referiu Sean Conley, médico da Casa Branca.
Quanto ao uso de hidrocicloroquina e ao facto de Donald Trump estar a tomar este medicamento, Graça Freitas, responsável máxima da Direção-Geral de Saúde, realçou, esta terça-feira, que não compete a esta entidade comentar decisões “de outras pessoas”.
“O que nós sabemos é que este medicamento é como tantos outros: tem indicações, tem contraindicações e uma relação risco/benefício. A nível europeu, este medicamento é muito acompanhado quer pela EMA (Agência Europeia do Medicamento) e em Portugal existe a mesma atenção por parte do Infarmed. A sua eficácia e qualidade são alvo de constante acompanhamento”, sublinhou Graça Freitas.
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