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Estudo da Intrum revela que 46% das famílias portuguesas reconhecem dívidas a aumentar mais que os rendimentos

Neste estudo, apenas 28% dos portugueses inquiridos acredita que a situação vá melhorar nos próximos seis meses.
9 Junho 2020, 09h00

A Intrum divulga hoje, dia 9 de junho, uma edição especial do ‘EPCR – European Consumer Payment Report’, o ‘White Paper’ europeu 2020, que revela o impacto financeiro da pandemia Covid-19 nos consumidores e nas suas finanças pessoais.

O estudo, que envolve 24 países europeus, incluindo Portugal, mostra que 46% das famílias portuguesas inquiridas reconhecem que as suas dívidas estão a aumentar a um ritmo que os rendimentos familiares não conseguem acompanhar.

“Estes dados, colocam Portugal em 8.º lugar entre os países em que as finanças familiares mais foram afetadas – uma percentagem acima da média europeia, que se situa nos 42%”, sublinha um comunicado da Intrum.

De acordo com este documento, o ‘ranking’ é liderado pela França, onde 62% das famílias inquiridas mostram uma preocupação com as dívidas crescentes, em ritmo contrário com os rendimentos recebidos.

Em último lugar, e por isso, numa situação financeira menos preocupante, estão as famílias do norte da Europa, com a Dinamarca na liderança.

“Esta situação resultante do impacto financeiro da pandemia, afeta mais as famílias que têm agregados mais numerosos e cujas contas são mais difíceis de saldar”, adianta o referido comunicado.

Para Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, “apesar de a situação financeira ser preocupante no geral, a maior inquietação reside nas famílias com crianças e onde as despesas aumentaram bastante face aos rendimentos dos pais”.

“Estamos a falar de famílias que viram o seu rendimento diminuir, ou porque um dos progenitores se viu obrigado a requerer o subsídio de assistência à família, ficou desempregado ou em regime de ‘lay-off’”, explica este responsável.

De acordo com o comunicado da Intrum, “para além desta preocupação crescente com as dívidas, 56% das famílias portuguesas inquiridas reconhecem que o seu bem-estar financeiro diminuiu, comparativamente com a sua situação financeira há seis meses – um número muito acima da média europeia que se situa nos 48%”.

“Neste estudo, apenas 28% dos portugueses inquiridos acredita que a situação vá melhorar nos próximos seis meses. Ainda assim, esta percentagem mostra que os portugueses estão mais confiantes numa recuperação do que a média dos países europeus (23%).  Sobre esta questão, Itália destaca-se liderando a lista dos 24 países analisados: apenas 8% dos italianos acreditam numa melhoria nos próximos seis meses”, adianta o referido comunicado.

No geral, o inquérito efetuado pela Intrum aponta para um aumento da preocupação com as finanças familiares, apesar de um em cada três dos inquiridos também afirmar que a pandemia está a ter um impacto positivo nos gastos pessoais, devido a uma maior poupança, por exemplo, em deslocações e refeições fora de casa.

“O documento vai ainda de encontro às conclusões do estudo da Intrum ‘European Consumer Payment Report 2019’, que já dava conta da previsão de uma pressão económica mais elevada, mesmo ainda antes da pandemia”, conclui o comunicado em questão.

A Intrum é a empresa que afirma ser líder na indústria de serviços de gestão de crédito, com presença em 24 mercados na Europa.

A empresa conta com mais de 10 mil colaboradores dedicados e empáticos que servem cerca de 80 mil empresas em toda a Europa.

Em 2019, a empresa gerou receitas no valor de 1.522 milhões de euros.

A Intrum está sedeada na Suécia e está cotada na bolsa Nasdaq Estocolmo.

Em Portugal desde 1997, a Intrum tem mais de 250 colaboradores.

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