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Estudo demonstra que quem compra e vende nos mercados locais poupa 7% na fatura da eletricidade

A EDP anunciou as conclusões do projeto Dominoes que estudou as vantagens da criação de mercados locais de energia e flexibilidade, num projeto piloto, em que famílias e empresas trocam eletricidade consoante as suas necessidades em períodos específicos do dia.
27 Julho 2021, 12h48

A EDP anunciou as conclusões do projeto Dominoes que estudou as vantagens da criação de mercados locais de energia e flexibilidade, num projeto piloto, em que famílias e empresas trocam eletricidade consoante as suas necessidades em períodos específicos do dia.

Nas condições específicas do projeto, foi possível demonstrar dois tipos de potenciais vantagens para quem compra e vende nos mercados locais de energia, diz a EDP em comunicado.

Após o estudo feito com base numa amostra de consumidores, concluiu-se que estes conseguiram poupanças que podem chegar a quase 7% da respetiva fatura média de energia, o equivalente a cerca de 5 euros por mês. Através deste estudo, concluiu-se também que para quem vende nos mesmos mercados, a energia que produz a partir de painéis solares PV, os ganhos mensais com a comercialização da energia em excesso podem chegar a 2,5 euros por mês. Estas são algumas das conclusões do projeto Dominoes, que completam vários estudos de relevo elaborados nos últimos quatro anos.

“O projeto Dominoes durou quatro anos e foi testado em dois países: um dos demonstradores esteve em Évora, e contribuiu para definir um inovador modelo de mercado local de energia”, avança a EDP.

Iniciado no final de 2017, “este estudo – que contou com um financiamento europeu de quatro milhões de euros no âmbito do Horizonte 2020 e envolveu vários parceiros nacionais e internacionais – procurou explorar um inovador conceito de mercado local de energia, através da flexibilidade, um segmento de mercado que permite balancear a disponibilidade elétrica pelos vários pontos de consumo”. Foram avaliados diferentes casos de negócio, com o objetivo de avaliar a melhor forma de extrair valor da flexibilidade e da gestão de ativos nesta nova geração de mercados energéticos, explica a eléctrica.

“O modelo foi testado em dois países, em três ambientes de demonstração, sendo dois deles em Portugal: um real, na zona de Valverde, Município de Évora, no Alentejo, e outro virtualizado, através de uma solução de VPP – “Virtual Power Plant” –, que agregou vários pontos de consumo distribuídos pelo país. O terceiro ambiente de teste decorreu na Finlândia”.

Decorrida a fase de avaliação o projeto Dominoes apresenta agora os resultados.

O projeto contribuiu ainda para o desenvolvimento de uma possível plataforma para a gestão destes mercados locais e de uma aplicação web para interface entre vendedores e consumidores, refere a empresa.

O consórcio do projeto Dominoes envolve oito entidades de quatro países europeus: Enerim, o coordenador do projeto, a universidade finlandesa LUT (Lappeenranta-Lahti University of Technology), a Universidade de Leicester, do Reino Unido, e a Universidade de Sevilha, de Espanha. Também, a partir de Portugal, as entidades que integram o consórcio do projeto são a EDP New, a E-REDES e a Virtual Power Solutions. O ISEP – Escola Superior de Engenharia do Politécnico do Porto, foi o parceiro académico português envolvido.

“Enquanto líder da transição energética, a EDP acredita que a aposta no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis contribui de forma decisiva para um futuro limpo, inteligente e digital. Neste contexto, o Dominoes é mais um exemplo de partilha de competências e conhecimento que, através das suas unidades de negócios e em conjunto com um largo grupo de parceiros, permitiu à EDP dar mais um passo no desenvolvimento de comunidades sustentáveis e de uma nova geração de mercados energéticos”, conclui a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.

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