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Estudo revela que só uma em dez pessoas sabe como funcionam as criptomoedas

“Se os consumidores querem trocar ou negociar os seus bens de criptomoedas, devem prestar atenção à segurança das credenciais da sua conta. Se tiverem em mente investimentos a longo prazo ou utilizarem as criptomoedas para pagamentos, devem guardá-las num ambiente seguro e utilizar várias wallets ou, ainda, distribuí-las entre o software e o hardware”, sugere a Kaspersky.
25 Junho 2019, 16h12

O estudo “Uncharted territory: why consumers are still wary about adopting cryptocurrency”, realizado pela empresa de software de cibersegurança Kaspersky, revelou que a falta de conhecimento e confiança são os principais factores que impedem os consumidores de utilizar as criptomoedas.

Muitos dos consumidores ainda conhecem pouco acerca do funcionamento das criptomoedas e é este desconhecimento que faz com que elas não sejam adoptadas pelo público. Desta forma, quatro em cinco pessoas (81%) revelaram nunca ter adquirido moedas virtuais.

A análise da Kaspersky concluiu que existe uma grande vontade entre muitos dos consumidores para utilizarem as criptomoedas, mas esta falta de conhecimento está a dificultar todo o processo de adesão. Ainda assim, muitas das pessoas que pensavam que sabiam com o que estavam a lidar, mais tarde decidiram afastar-se das criptomoedas. Aliás, quase um quinto parou de utilizá-las por considerar que eram “tecnicamente complicadas”.

Contudo, a falta de conhecimento pode estar a gerar uma corrente de desconfiança face às criptomoedas e a afectar a capacidade dos consumidores em manter o seu dinheiro longe de perigo. Por exemplo, quase um terço (31%) dos inquiridos revelou que consideram que as criptomoedas são voláteis e que precisam de se tornar mais estáveis, antes de estarem preparados para as usarem.

Há, também, a percepção frequente entre os consumidores de que as criptomoedas não vão durar para sempre. Inclusive, um terço (35%) acredita que estas moedas estão apenas “na moda” e que não vale a pena preocuparem-se com elas.

Um quinto (20%) dos inquiridos afirmou que, apesar de não estar a usar, de momento, criptomoedas, gostaria de usá-las no futuro. No entanto, a dúvida ainda permanece entre os consumidores, sendo muitas vezes guiados pelo medo de colocarem em risco as suas finanças.

O que é certo é que os hackers podem utilizar as criptomoedas em seu proveito, uma vez que cerca de um em cinco (19%) inquiridos revelou já ter sofrido um ataque deste género. Os criminosos também criam e-wallets falsas para levarem as pessoas a investir o seu dinheiro de forma incorrecta, tornando-se vítimas de fraude.

“Se os consumidores querem trocar ou negociar os seus bens de criptomoedas, devem prestar atenção à segurança das credenciais da sua conta. Se tiverem em mente investimentos a longo prazo ou utilizarem as criptomoedas para pagamentos, devem guardá-las num ambiente seguro e utilizar várias wallets ou, ainda, distribuí-las entre o software e o hardware. Aconselhamos também às empresas de criptomoedas a organizarem-se de forma eficiente para conseguirem mostrar aos seus clientes que são capazes de proteger os seus investimentos”, afirmou Vitaly Mzokov, responsável da área de comércio da Kaspersky.

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