A utilização excessiva do telemóvel está a causar transformações no corpo humano. A prova vem num estudo desenvolvido por uma equipa de cientistas australianos da Universidade de Sunshine Coast, que garante que algumas pessoas estão a desenvolver um osso acima do pescoço, por estarem sempre curvados a olhar para o pequeno ecrã.
O estudo – citado pela imprensa internacional como a BBC, o Washington Post e o The New York Times -, sugere que o surgimento deste osso está associado a “posturas aberrantes sustentadas pelo o uso extensivo de tecnologias contemporâneas de mão, como smartphones e tablets”.
A cabeça humana, que pesa cerca de 4,5 quilogramas, ao ser inclinada para a frente, para se ver o ecrã do dispositivo, exige uma força adicional do pescoço.
Os investigadores observaram radiografias da coluna cervical lateral, de pessoas entre os 18 e 30 anos de idade, e descobriram 218 casos com este problema, batizado de “protuberância occipital externa”. Dessas 218 pessoas, 10% já tinham o novo osso com pelo menos 2 centímetros de comprimento.
O estudo concluiu que o problema afeta mais os homens (67%) do que as mulheres, sendo que o maior osso encontrado tinha 3,6 centímetros de comprimento e era de um homem.
Mark Sayers e David Shalar, autores do estudo, confirmam que esta é a primeira adaptação fisiológica ou esquelética da utilização de tecnologia avançada na atualidade. Sayers defende que este é “um sinal de que a cabeça e o pescoço não estão com a configuração correta”.
Qualquer pessoa pode perceber se a adaptação óssea já está a ocorrer no seu corpo. Basta pressionar com os dedos a parte de trás do crânio, acima do pescoço. Se sentir um pequeno chifre, o mais provável é já estar a sofrer da transformação.
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