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EUA dão três meses a empresas norte-americanas para negociar com Huawei e procurar alternativas

Desta forma, a Huawei vai assim poder utilizar componentes e programas informáticos norte-americanos antes da aplicação efetiva das sanções contra o grupo chinês e as empresas norte-americanas poderão encontrar alternativas às operações que têm com a Huawei.
21 Maio 2019, 09h59

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ter emitido uma ordem governativa que impede empresas norte-americanas de venderem a sua tecnologia a empresas chinesas, sobretudo a Huawei que acabou colocada numa “lista negra”, eis que o Departamento de Comércio EUA decidiu suspender por três meses o bloqueio à Huawei, na segunda-feira, 20 de maio.

Desta forma, a Huawei vai assim poder utilizar componentes e programas informáticos norte-americanos antes da aplicação efetiva das sanções contra o grupo chinês e as empresas norte-americanas poderão encontrar alternativas às operações que têm com a Huawei.

Esta é uma licença temporária concedida pelo secretário de Estado do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, avança o Financial Times esta terça-feira, 21 de maio. “A licença temporária concede tempo aos operadores para estabelecerem novos acordos, bem como espaço ao Departamento de Comércio para determinar medidas de longo prazo para as operadoras norte-americanas e estrangeiras que, atualmente, dependem da Huawei para serviços fundamentais”, disse, citado pelo FT.

O anúncio surgiu depois de a administração Trump ter proibido a Huawei de vender equipamentos nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que impediu a empresa chinesa de comprar componentes a fornecedores sediados neste país. A Huawei entrou, assim, na lista negra do Departamento do Comércio, que obriga as empresas norte-americanas a obter uma licença especial para que possam vender produtos à tecnológica chinesa.

Após esta decisão executiva, empresas como a Google, a Intel ou a Qualcomm anunciaram de imediato que iriam cortar o fornecimento de software e de componentes fundamentais para a Huawei, colocando em causa a capacidade da empresa de fabricar os seus produtos. Com a extensão do prazo agora concedida, as empresas ganham tempo para encontrar alternativas.

A Huawei já se pronunciou sobre esta licença temporária. “Não vamos excluir facilmente chips dos EUA. Mas, se houver falta de material, temos um plano de reserva”, afirmou Ren Zhengfei, fundador da Huawei, em declarações CCTV. Para o fundador da Huawei, “as práticas atuais dos políticos norte-americanos subestimam a força [da empresa]”.

Sobre o 5G, Zhengfei disse: “O 5G da Huawei não será afetada, sendo que nem daqui a dois ou três anos” outras empresas vão conseguir competir com a gigante chinesa no que diz respeito à quinta geração móvel.

[Com Lusa]

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