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EUA denunciam repressão de Pequim contra minoria muçulmana

Os Estados Unidos denunciaram esta sexta-feira o tratamento por parte de Pequim em relação à minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure, que sofrem de detenções arbitrárias, tortura ou vigilância permanente, na região de Xinjiang.
22 Setembro 2018, 09h06

“Centenas de milhares, talvez milhões, de uigures estão a ser mantidos contra a sua vontade nos chamados campos de reeducação, onde são submetidos a uma rígida doutrinação política e a outros horríveis abusos”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

“As suas crenças religiosas estão a ser aniquiladas”, lamentou, expressando também preocupação pelos cristãos na China, que acusa Pequim de “fechar igrejas, queimar bíblias e forçar os fiéis a assinar documentos para renunciar à fé”.

Mike Pompeo afirmou ainda que não está a considerar sanções a Pequim, como exigiram alguns congressistas republicanos e democratas.

A China tem negado sempre a existência de “centros de reeducação” ou de “detenção arbitrária”, e argumenta tratarem-se de “centros de educação vocacional”. Os internamentos são justificados pelas autoridades chinesas pela necessidade de ajudar “os que foram enganados pelo extremismo religioso (…) através do reassentamento e educação”.

As autoridades chinesas insistem que são necessárias medidas duras para punir separatistas e extremistas religiosos na região, que concentra mais de 13 milhões de muçulmanos.

Em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.

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