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EUA: Pedidos semanais de subsídio de desemprego voltam a subir inesperadamente

Esta é a segunda semana de subidas inesperadas neste indicador, o que reflete a volatilidade do mesmo e a necessidade de se observarem progressos mais sólidos e duradouros na vertente laboral norte-americana, como tem vindo a alertar repetidas vezes o presidente da Fed.
  • Estados Unidos
23 Setembro 2021, 13h55

O número de norte-americanos a pedir subsídio de desemprego voltou a subir na semana terminada a 18 de setembro, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os 351 mil pedidos representam um novo aumento, o segundo consecutivo, e voltam a ficar acima das expectativas do mercado, refletindo a incerteza que ainda rege o mercado laboral na maior economia do mundo.

Esta é a segunda semana seguida em que o indicador sobe inesperadamente, dado que a expectativa do mercado, segundo o levantamento do portal TradingEconomics, se cifrava nos 320 mil, o que representaria uma diminuição em relação aos 332 mil anunciados na última semana. Esse valor foi revisto em ligeira alta, passando agora para os 335 mil.

Os 351 mil pedidos agora anunciados marcam o valor mais alto deste indicador no último mês e refletem a incerteza e volatilidade do mercado laboral, onde a Reserva Federal tem vindo a lembrar repetidas vezes ser ainda necessário observar mais progressos. Ainda assim, a média móvel de quatro semanas recuou, ainda que muito ligeiramente, passando dos 336,5 mil para os 335,75 mil.

Por outro lado, o número de subsídios ainda a pagamento voltou a subir, atingindo agora os 2,84 milhões, um aumento de 181 mil em relação aos dados divulgados na anterior semana. Este indicador é publicado com uma semana de atraso em relação ao dos novos pedidos de subsídio federal, pelo que se refere à semana de 11 de setembro.

Esta é a segunda leitura dos dados semanais do desemprego na sequência do fim dos benefícios de desemprego expandidos, uma medida de apoio face à pandemia que resultou das negociações no Congresso norte-americano e conferiu aos norte-americanos um acréscimo de 300 dólares (255,76 euros) mensais ao subsídio federal de desemprego, bem como pagamentos de 1.200 dólares (1.023,04 euros) às famílias. Estes apoios foram vistos como alguns legisladores como um entrave à recuperação do marcado laboral nos EUA, ao diminuir o incentivo para cada indivíduo procurar emprego.

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