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EUA: Primeiros resultados na Georgia apontam para corridas disputadas com ligeiras vantagens democratas

Ambas as corridas estão perfeitamente em aberto e a elevada quantidade de votos por correspondência, de forma a cumprir as restrições causadas pela Covid-19, deverá fazer com que os resultados finais ainda demorem várias horas a ser conhecidos. Ainda assim, os primeiros dados são animadores para os democratas.
6 Janeiro 2021, 02h28

Com metade dos votos esperados da dupla eleição para o Senado na Georgia já apurados, os democratas parecem levar uma ligeira vantagem, em parte motivada pela contagem em primeiro lugar dos votos por correspondência, que tendem a favorecer o partido que pretende virar o controlo da câmara alta do Congresso norte-americano, e com margens diferentes em cada corrida.

Com 2,5 milhões de votos já contabilizados em ambas as eleições, o que corresponde a 60% dos votos esperados, o New York Times coloca Raphael Warnock à frente de Kelly Loeffler 1 ponto, enquanto que Jon Ossoff lidera com menos de mil votos de vantagem sobre David Perdue.

Ambas as eleições se encontram, portanto, completamente em aberto. Os republicanos esperam manter uma boa afluência na votação presencial e nos condados mais rurais, que votaram favoravelmente para os candidatos do partido a 3 de novembro, e os democratas necessitarão novamente de um voto forte nas áreas urbanas, sobretudo Atlanta, e junto do eleitorado afro-americano.

Os resultados finais deverão chegar apenas durante dia de quarta-feira, dado todo o processo de validação pelo qual ainda terão de ser submetidos os boletins que chegaram no dia da eleição.

Recorde-se que na primeira volta Warnock ficou à frente de Loeffler numa eleição especial com quatro candidatos, ao passo que Perdue venceu por Ossoff apenas 2 pontos, não conseguindo atingir os 50% necessários para garantir a reeleição. Os republicanos necessitam de reter um dos lugares em aberto no Senado para manterem o controlo da câmara.

A importância desta eleição fica expressa nos valores nelas investidos. A corrida entre Perdue e Ossoff tornou-se a eleição para o Senado com maiores gastos de sempre em publicidade, com 404 milhões de dólares (328,67 milhões de euros). A segunda é a que opõe Loeffler e Warnock, com gastos de 300 milhões de dólares (244 milhões de euros), aponta um estudo da Advertising Analytics citado pelo New York Times.

Os dados iniciais da afluência às urnas mostram números que baterão certamente os recordes para qualquer eleição à segunda volta no país, apontando os analistas para 4,4 milhões de eleitores a exercerem o seu voto.

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