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EUA vão autorizar empresas a trabalhar com Huawei no 5G

A chinesa Huawei é uma das principais empresas fabricantes de componentes 5G, a par da sueca Ericsson, da sul-coreana Samsung ou da finlandesa Nokia. 
16 Junho 2020, 16h40

Os Estados Unidos deram um passo atrás e preparam-se para levantar as restrições impostas à Huawei naquele país, permitindo afinal que as empresas norte-americanas trabalhem com a tecnológica chinesa no desenvolvimento da quinta geração móvel (5G).

A informação foi noticiada esta terça-feira pela Reuters. A alteração das restrições à Huawei foi submetida na sexta-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA e poderá receber ‘luz verde’ da Federal Register ainda hoje.

“Os EUA não vão ceder a liderança na inovação global”, disse o secretário de Estado dos EUA Wilbur Ross, aquando do anúncio público da posição da Casa Branca quanto à participação da Huawei no 5G, na segunda-feira. Desta forma, Washington não quer abrir mão de ser um dos símbolos internacionais da inovação tecnológica no que respeita ao 5G.

Ainda assom, Wilbur Ross garantiu que  “o departamento [do Comércio dos EUA] está comprometido em proteger os interesses de segurança nacional e política externa dos EUA”. Por isso, o secretário de Estado espera que a indústria norte-americana “se envolva e defenda totalmente que as tecnologias dos EUA se tornem padrões internacionais”.

A chinesa Huawei é uma das principais empresas fabricantes de componentes 5G, a par da sueca Ericsson, da sul-coreana Samsung ou da finlandesa Nokia.

A decisão dos EUA vai permitir que as empresas norte-americanas possam trabalhar com a Huawei na definição de padrões para o desenvolvimento do 5G. Esta é uma questão essencial à implementação da nova vaga tecnológica naquele país, uma vez que sem padrões definidos para todos cada empresa poderia definir normas próprias para o uso da rede 5G, o que representaria problemas acrescidos para os utilizadores do 5G na hora de escolher uma empresa operadora da rede em detrimento de outra.

A Huawei estava na denominada ‘lista negra’ do Departamento do Comércio dos EUA desde maio de 2019, na sequência da guerra comercial entre EUA e China e das acusações feitas pelo presidente daquele país, Donald Trump, de que a Huawei seria uma porta à espionagem do Estado chinês.

Ao estar impedida de trabalhar com empresas norte-americanas, a indústria tecnológica daquele país estava arredada da discussão sobre os padrões do 5G para a indústria.

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