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EuroBic concedeu mais de 1,3 mil milhões de euros em moratórias

“O EuroBic concedeu mais de 1,3 mil milhões de euros em moratórias a mais de 2.500 famílias e 4.000 empresas e já aprovou mais de 100 milhões em linhas de apoio à economia”, lê-se na nota interna que Teixeira dos Santos enviou aos colaboradores a anunciar o fim do negócio com o Abanca.
  • Cristina Bernardo
16 Junho 2020, 20h35

Depois de o Abanca ter retirado a proposta de compra que tinha acordada a 10 de fevereiro, o presidente do EuroBic escreveu uma nota interna aos colaboradores a que o Jornal Económico teve acesso. Nela, além de reproduzir o que está no comunicado público sobre o fim do negócio, o EuroBic anuncia que “concedeu mais de 1,3 mil milhões de euros em moratórias a mais de 2.500 famílias e 4.000 empresas e já aprovou mais de 100 milhões em linhas de apoio à economia”.

O EuroBic explicou, em comunicado, que “as negociações que estavam em curso entre alguns dos seus acionistas e o Abanca, tendentes à transmissão das ações representativas de 95% do seu capital social, terminaram sem sucesso”.

A instituição liderada por Fernando Teixeira dos Santos diz que “o Banco apresenta assim um balanço robusto que lhe permite continuar a reforçar ainda mais os bons indicadores alcançados para melhor servir e apoiar os nossos clientes e exceder continuamente as suas expectativas”.

Na nota interna assinada pelo CEO, é dito que “depois da boa prestação no ano de 2019, conseguimos aumentar a nossa solidez no primeiro quadrimestre deste ano. Investimos na modernização do banco e na criação de novos produtos e serviços e, juntos, aumentámos o volume de negócios do banco em 130 milhões de euros nos últimos dois meses, tendo o EuroBic tido um papel de relevo no apoio à economia através das linhas governamentais e das moratórias públicas e privadas”.

Na nota interna, o EuroBic diz também que Isabel dos Santos informou que continua disponível para alienar as suas participações indiretas representativas de 42,5% no capital do EuroBic e também que os restantes acionistas, titulares de 57,5% do capital do banco, informaram que mantêm em aberto todas as hipóteses de reconfiguração da estrutura acionista do Banco, quer através da aquisição das participações indiretamente detidas  por Isabel dos Santos, quer através da venda, por justo valor, das suas ações, total ou parcialmente a terceiros.

Isabel dos Santos tem, através da Santoro Financial Holding SGPS, 25% e através da Finisantoro Holding Limited mais 17,5%. O segundo maior acionista é Fernando Teles, com 20% aos quais acresce a posição através da Telesgest B.V. de 17,5%. Depois há pequenos acionistas com 5% cada, e que são próximos deste acionista luso-angolano. São eles Luís Cortez dos Santos; Manuel Fernandes; Sebastião Lavrador e outros.

“O conselho de administração manter-se-á atento a todas as manifestações de interesse e delas dará conhecimento aos acionistas, mas, acima de tudo, manterá o foco na gestão desta instituição que também é de todos vós”, refere o CEO aos colaboradores do banco.

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