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Eurogrupo: Quem são os adversários de Centeno?

O presidente do grupo de ministros das Finanças da zona euro vai mudar no próximo ano. O português Mário Centeno é candidato ao cargo, com o apoio de Espanha garantido, mas tem concorrência.
30 Novembro 2017, 11h03

A eleição do próximo presidente do Eurogrupo acontece na próxima segunda-feira e a fase de candidaturas já está fechada. Segundo confirmou o Jornal Económico, Portugal formalizou a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, que é visto como um dos favoritos.

Os concorrentes confirmados são:

  • Dana Reizniece-Ozola (Letónia)

A primeira candidatura confirmada para já é também a da única mulher na lista. Dana Reizniece-Ozola, de 35 anos, é a ministra gere as finanças da Letónia desde fevereiro de 2016, altura em deixou o cargo de ministra da Economia, que ocupou durante um ano e três meses. Membro do partido do governo na Letónia, a União dos Camponeses e Verdes, Reizniece-Ozola conta no currículo com funções no Banco Europeu de Investimento, Mecanismo Europeu de Estabilidade, Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento e Banco Mundial.

  • Pierre Gramegna (Luxemburgo)

Ex-diplomata e liberal, o luxemburguês Pierre Gramegna vem de um país pequeno da UE, mas com tradição de liderança no bloco. É um dos candidatos mais fortes para o lugar, especialmente devido à experiência institucional e diplomática. Pertencer a um governo de coligação é, segundo a agência Bloomberg, uma vantagem pois mostra capacidades de gestão de conflitos. No entanto, o Luxemburgo também já tem um cargo forte na Europa: a presidência da Comissão Europeia, o que poderá ser um entrave à escolha.

  • Peter Kazimir (Eslováquia)

Também socialista, o eslovaco Peter Kazimir ganhou notoriedade política em 2015 com declarações duras e polémicas durante a crise grega. Apesar de ser socialista, é conhecido por alinhar com Schäuble nos assuntos económicos e um dos membros mais duradouros no Eurogrupo, apesar de vir de um Estado-membro relativamente recente da UE. A Bloomberg aponta como pontos positivos ser de centro-esquerda com ideias favoráveis ao centro-direita, mas questiona se terá a diplomacia necessária para ocupar o cargo.

 

Outros ministros apontados como possíveis candidatos:

  • Bruno Le Maire (França)

Centrista e sem filiação política definida, o francês Bruno Le Maire ocupa o cargo de ministro das Finanças no governo de Emmanuel Macron há menos de um ano. Por um lado, França tem procurado reforçar o poder nas instituições europeias, em discussões como reformas da zona euro ou a reestruturação da dívida grega. No entanto, ser francês poderá ser um ponto contra. A Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia já é ocupada por um francês e a Alemanha poderá opor-se à ideia de reforçar o poder do país.

  • Pier Carlo Padoan (Itália)

O terceiro socialista é o italiano Pier Carlo Padoan, um dos membros mais fortes e respeitados do Eurogrupo. Tem experiência tanto económica como política, ficou conhecido por se opor a posições alemãs no que respeita à rigidez da política orçamental e lutou pelo reforço da cooperação europeia. Padoan é, no entanto, visto como um candidato pouco provável pois Itália ocupa o maior cargo financeiro na UE, a presidência do Banco Central Europeu. Além disso, o país tem eleições legislativas marcadas para o próximo ano (o que significa que poderá estar prestes a abandonar o cargo).

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