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Europa a duas velocidades? Portugueses são os europeus menos favoráveis

Cidadãos portugueses estão no pódio dos cidadãos europeus que consideram que os Estados-Membros devem esperar que todos os países da UE estejam prontos para avançar em conjunto.
18 Setembro 2018, 18h35

Os portugueses estão mais satisfeitos com a atuação da União Europeia (UE) do que há dois anos, mas consideram que a instituição deveria ser mais interventiva, segundo dados do Eurobarómetro publicado esta terça-feira.

O inquérito publicado pelo Parlamento Europeu revela que os portugueses são os europeus menos favoráveis a uma Europa a duas velocidades, considerando as medidas europeias ainda insuficientes em várias áreas.

Os cidadãos portugueses estão no pódio dos cidadãos europeus que consideram que os Estados-Membros devem esperar que todos os países da UE estejam prontos para avançar em conjunto, com 74% a favor, seguidos pela Grécia (58%), Roménia e Espanha, com 54%.

“Os cidadãos europeus estão, no entanto, divididos sobre este tema. A nível europeu, 44% dos inquiridos acham que os Estados-Membros que estejam dispostos a trabalhar mais estreitamente em certas áreas devem fazê-lo sem esperar que todos estejam a bordo, enquanto 43% dizem que os países da UE devem esperar por um acordo comum antes de se introduzirem mais políticas”, explica o PE em comunicado.

O apoio a uma Europa a duas velocidades diminuiu na maioria dos países, embora metade seja ainda favorável a esta abordagem, “registando-se um maior apoio na Holanda, na Alemanha e na Bélgica.

Portugueses satisfeitos com a ação da UE contra o terrorismo 

O Eurobarómetro revela ainda que os cidadãos portugueses apreciam a ação da instituição europeia na luta contra o terrorismo – registando um aumento de 24 pontos percentuais face a 2016. Segue-se a política de segurança, a promoção da democracia e da paz no mundo e a proteção das fronteiras externas.

“Os portugueses consideram, no entanto, que as medidas da UE são ainda insuficientes em várias áreas, como a luta contra o desemprego (83%), o combate à fraude fiscal (79%), a saúde e segurança social (69%) e a migração (67%), apelando a uma maior ação da UE nestes domínios”, acrescenta o PE.

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