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“Evidência de culpa destas rescisões é total. É de Bruno de Carvalho”, reage a Holdimo sobre as rescisões

Segundo maior acionista da Sporting SAD culpabiliza Bruno de Carvalho pelas rescisões por justa causa de William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes, numa lista de saídas do clube leonino que já soma meia dezena. E garante que vai “reagir de todas as formas para recuperar estes ativos”.
11 Junho 2018, 18h43

A Holdimo, segundo maior accionista da Sporting SAD, culpabiliza a direcção do clube liderada por Bruno de Carvalho pelas novas rescisões por justa causa dos contratos William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes.

“A evidência de culpa destas rescisões é total. A forma como o presidente do clube tem alimentado problemas com mais problemas levou a esta situação. Não há dúvidas quanto à responsabilidade de Bruno de Carvalho”, afirmou fonte oficial da sociedade do empresário angolano, Álvaro Sobrinho, que detém cerca de 30% da Sporting SAD. A mesma fonte deixa ainda um alerta: “enquanto accionista não vamos dar como perdidos estes ativos. Vamos reagir de todas as formas para que sejam recuperados”.

Questionado sobre quais são essas formas de reacção, fonte oficial da Holdimo assegura que “o objectivo primeiro é, pela via do diálogo, que os jogadores revertam essa decisão face a uma eventual saída de Bruno de Carvalho da liderança dos destinos do clube”.

A Holdimo sinaliza a preocupação deste accionista quanto à degradação do valor da Sporting SAD com as saídas de Rui Patrício e Daniel Podence, a que se juntam agora as rescisões por justa causa de mais três jogadores, a representar valores superiores a 100 milhões de euros que o Sporting deixa, no mínimo, de facturar pela venda destes jogadores.

A mesma fonte recorda que “há várias acções nos tribunais”, entre as quais a acção especial de destituição de Bruno de Carvalho interposta pela Holdimo, para que haja uma alteração da administração da SAD. Mas, realça, “quanto mais demora a decisão dos tribunais, maior é a gravidade do problema”.

Fonte oficial da Holdimo destaca aqui que “esse tempo é valor perdido para o Sporting e para o futebol português”.

 

Novas rescisões estão iminentes

Trio de jogadores internacionais portugueses, William, Gelson e Bruno Fernandes, rescindiu hoje o contrato com o Sporting CP invocando justa causa, anunciou o clube à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM). A estas rescisões poderão ainda somar-se nas próximas horas as de Rodrigo Battaglia, Mathieu e Marcos Acuña.

William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes rescindiram os contratos com o Sporting CP, de acordo com informação confirmada pelo próprio clube junto da CMVM. Estes pedidos de rescisão por parte dos três internacionais portugueses deram entrada na Federação Portuguesa de Futebol, Liga de Clubes e Sindicato de Jogadores.

De acordo com os valores do Transfermarkt, relativamente ao valor de mercado, o clube de Alvalade acaba de perder 75 milhões de euros. William Carvalho, médio defensivo, apresentava um valor de mercado de 25 milhões de euros e de acordo com as últimas notícias, o seu passe estaria a ser negociado para Inglaterra. Gelson Martins, também formado no Sporting CP, estaria a ser transacionado para o Arsenal mas o Sporting CP terá rejeitado 30 milhões de euros que tinham oferecido pelo jogador. Recorde-se que este é o valor de mercado destes jogadores. Bruno Fernandes, que custou perto de 10 milhões de euros ao Sporting CP há um ano, deixa o clube com uma valorização de 20 milhões de euros.

Além de perder estes 75 milhões de euros, só no dia de hoje, o clube de Alvalade já tinha perdido pouco mais de 20 milhões de euros de mercado com a saída do guarda-redes Rui Patrício (valorização de 16 milhões de euros) e do extremo Daniel Podence (4,5 milhões de euros).

Estas rescisões surgem na sequência, entre outros casos, das agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, por cerca de 40 pessoas encapuzadas.

Destes atacantes foram detidos 27, que ficaram em prisão preventiva.

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