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Ex-gestores de fortunas do Crédit Suisse em Espanha lançam gestora concorrente com quadros do banco

Os gestores de topo da área de gestão de fortunas do Credit Suisse Espanha saíram em julho, já criaram uma gestora de patrimónios independente e ameaçam recrutar quadros do banco suíço. Bem como deverão aliciar os clientes a mudarem-se para a nova sociedade. Em Portugal aconteceu o mesmo em 2019.
7 Setembro 2021, 16h11

Tal como aconteceu em Portugal em 2019, em que o Crédit Suisse em Portugal assistiu a uma saída em bloco dos quadros da unidade de wealth managment, para o Julius Baer International em Madrid, também a divisão de gestão de fortunas do Crédit Suisse em Espanha assiste a uma debandada.

Os ex-banqueiros do Credit Suisse (banco que tem hoje como Chairman o português António Horta Osório) que deixaram a entidade suíça em julho passado lançaram a sua própria gestora de patrimónios independente em Espanha, a Welcome Asset Management. A notícia foi dada pelo Expansión.

Ignacio Laviña e Javier Alonso, que eram gestores de topo da unidade de gestão de fortunas do Credit Suisse Espanha, já levaram consigo dois altos quadros da sucursal do banco suíço e segundo o Expansión é muito provável que entre as cerca de 20 contratações de quadros que pretendem realizar num primeiro momento haja outros quadros da gestão de fortunas do banco suíço.

O mesmo deverá acontecer com uma parte dos clientes de alto rendimento que geriam no Crédit Suisse e que levarão consigo para a Welcome Asset Management.

O ex-presidente da gestora de patrimónios do Credit Suisse na Espanha, Javier Alonso, e o ex-CEO do private banking da subsidiária espanhola, Ignacio Laviña, que também é um dos banqueiros com maior carteira de clientes no mercado espanhol, fecharam na última quarta-feira a compra da Wealth Privat ao Andbank (antiga gestora do grupo financeiro bela, Degroof Petercam, em Espanha, adquirida pelo banco de Andorra em fevereiro). A operação está agora dependente de aprovação da CNMV e da Afa, o regulador de Andorra, segundo revela o periódico espanhol.

O objetivo de Laviña, que será o CEO da nova sociedade, e Alonso, que ocupará o cargo de diretor geral de investimentos, é replicar o modelo de private banking e gestão de ativos que conheceram no Credit Suisse nos 15 anos em que lá trabalharam.

A Península Ibérica é da maior importância para o Credit Suisse, sendo um dos seus três principais mercados estratégicos na Europa.

A gestão de patrimónios do Credit Suisse é uma das áreas core do banco que tem António Horta Osório como presidente não executivo e  abrange a gestão de fortunas de muito alto rendimento (ultra-high net-worth individual), normalmente acima de 50 milhões de euros.

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