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Ex-presidente do Turismo acusado de pagar a clubes de futebol para liderar a Liga

Vitória de Guimarães e Sporting de Braga, são visados na ‘Operação Éter’ desencadeada pelo Ministério Público, que vai continuar a investigar num processo autónomo a contratação de dezenas de lojas de turismo interativas no norte do país.
29 Outubro 2019, 08h30

O ex-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Melchior Moreira é acusado de ter colocado publicidade nas camisolas dos jogadores do Vitória de Guimarães e Sporting de Braga, com o objetivo de obter apoio dos dirigentes desportivos dos dois clubes da Primeira Liga, para uma eventual candidatura à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, escreve a edição do jornal “Público” desta terça-feira, 29 de outubro.

Apesar da candidatura nunca ter acontecido, o Ministério Público (MP) desencadeou a ‘Operação Éter’, onde em causa estão dois jogos do Vitória de Guimarães, um deles a final da Taça de Portugal em 2017, frente ao SL Benfica. Num dos jogos os jogadores vimaranenses usaram publicidade nas camisolas alusivas ao Turismo do Porto e Norte e na outra partida publicidade ao Geoparque de Arouca. Patrocínios que custaram ao TPNP 100 mil euros, divididos por vários contratos, alegadamente para contornar as regras da contratação pública.

Já no caso do Sporting de Braga está em causa o patrocínio para promover a região Norte em Madrid, onde os bracarenses jogaram na modalidade de futsal, a Ronda de Elite da UEFA Futsal Cup em 2017. Nesse contrato ficou acordado que o clube minhoto receberia 15 mil euros para a marca do Turismo Norte aparecer estampada nas camisolas dos jogadores.

As duas equipas fazem parte de um rol de oito entidades coletivas acusadas neste processo, além de outras 21 pessoas singulares, onde surge Melchior Moreira e mais sete profissionais do Turismo do Norte. Apesar de ter avançado com a acusação, para evitar a libertação de Melchior Moreira, (que está em prisão preventiva há mais de um ano), o MP decidiu continuar a investigar a forma como foram contratadas dezenas de lojas de turismo interativas da região Norte, que segundo o “Público” estão no epicentro de todo este processo.

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