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Contra o excesso de trabalho, França reconhece o “direito de desconectar”

Na França cerca de 12% dos trabalhadores ativos sofrem de síndrome de burnout devido ao excesso de horas dedicadas ao trabalho.
5 Janeiro 2017, 12h39

É daqueles que depois da hora laboral ainda está a receber telefonemas e ou fazer trabalho que não conseguiu terminar? Pois bem, saiba que em França a nova lei de trabalho prevê que os trabalhadores se desliguem por completo das suas funções laborais a fim de poderem usufruir convenientemente das suas horas de descanso e fazer uma melhor distinção entre o trabalho e a vida pessoal.

Em França, mais de um em cada três trabalhadores ativos (37%) admite que usa diariamente ferramentas de trabalho, como o smartphone, fora do horário de trabalho. Os dados da consultora francesa Éléas mostram ainda que cerca de 12% dos trabalhadores ativos sofrem de síndrome de burnout, um distúrbio psíquico de carácter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental, devido ao excesso de horas dedicadas ao trabalho.

“A lei não obriga a desligar o smartphone quando o trabalhador chega a casa ou a empresa a cortar a eletricidade às 18 horas. Neste caso, a lei não estaria adaptada às empresas que trabalham a nível internacional”, explica o advogado francês Patrick Thiébart ao jornal francês Le Figaro. No entanto, cabe a cada empresa encontrar a melhor solução para si.

O “direito à desconexão” imposto pelo Governo francês já foi implementado por várias empresas para forçar os seus trabalhadores a abstrair-se das funções laborais sem esperarem por desenvolvimentos legislativos.

Na Alemanha, a fabricante automóvel Volkswagen foi pioneira no combate a este problema, ao bloquear em 2011 o acesso dos seus empregados ao email entre as 18h15 e as 7h00. Já a operadora telefónica francesa Orange chegou em setembro a acordo com os seus funcionários para que não usem o email fora das horas de trabalho.

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