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Exército venezuelano começa a regular venda de gasolina

Em Maracaibo foi ordenado que depois do meio-dia se permita apenas 20 litros de combustível por veículo.
19 Maio 2019, 18h18

As Forças Armadas Venezuelanas começaram a limitar a venda de gasolina nalguns estados do país para manter a ordem, face à tensão que se está a gerar pelas largas filas e tempos de espera para encher os depósitos dos veículos, avançou a agência de notícias espanhola Europa Press.

As filas de automóveis voltaram esta semana a tornar-se a paisagem habitual do país, sob uma grave crise económica provocada por uma profunda queda das importações, agravada por sanções internacionais e pela paralisação da segunda maior refinaria do país.

Nalgumas estações da fronteira de San Cristóbal, grupos de guardas nacionais com equipas anti-distúrbios vigiam a venda de gasolina, enquanto nas cidades maiores os militares vão de mota às gasolineiras para dar instruções aos responsáveis.

Em Maracaibo foi ordenado que depois do meio-dia se permita apenas 20 litros de combustível por veículo. “Eles (a Guarda Nacional) tomaram as bombas (de gasolina). A cada cinco horas chegam comissões da Divisão de Inteligência Militar para medir o que resta de gasolina”, afirmou Rocío Huerta, gerente de uma estação de serviço em Macaraibo, que confirmou a ordem de limitar a venda.

“Passei 12 horas na fila e não consegui deitar gasolina. Às duas da tarde o guarda disse que só se podia encher 20 litros por veículo, mas às sete a gasolina acabou-se”, referiu Víctor Chouriu, taxista de 58 anos que chegou à estação nas primeiras horas do dia.

Quando o combustível se esgota, os oficiais tentam desalojar as estações, mas muitos condutores voltam rapidamente a formar fila, aguardando a próxima reposição de combustível.

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