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“Experiência penosa”. CDS-PP questiona Governo sobre atrasos no voto antecipado

Os democratas-cristãos consideram que não há explicação aparente para o caos que se gerou, tendo em conta que o número de eleitores que optaram por esta modalidade já era conhecido a priori pelo Executivo socialista. 
24 Maio 2019, 09h59

O CDS-PP pede ao Governo esclarecimentos sobre os atrasos no voto antecipado nas eleições europeias, que levaram a longas filas nas três maiores cidades do país. Os democratas-cristãos consideram que não há explicação aparente para o caos que se gerou, tendo em conta que o número de eleitores que optaram por esta modalidade já era conhecido a priori pelo Executivo socialista.

Os centristas exigem saber se o número de eleitores inscritos para o voto antecipado em mobilidade “correspondeu ou superou as expectativas do Governo” e que medidas tomou para garantir que o processo de votação decorria com normalidade. O CDS-PP quer ainda saber “que outras medidas poderão ser tomadas para evitar a repetição de uma situação idêntica a esta nas eleições legislativas deste ano”, agendadas para 6 de outubro.

“A adesão significativa e a antecipação com que foi conhecido o número de eleitores que pretenderam aderir a esta faculdade, aliada à maior morosidade do processo de votação, deveriam ter levado o Governo a prever reforço dos meios”, considera a bancada parlamentar do CDS-PP, numa pergunta enviada ao Governo, após se terem registados esperas de mais de uma hora em Lisboa, Porto e Coimbra.

O voto antecipado teve lugar no domingo, 19 de maio, em todo o país. Lisboa foi o distrito com mais pedidos (8.851), seguido do Porto (3.014) e Coimbra (1.114). Apesar da elevada adesão ao voto antecipado, tanto Lisboa como o Porto mantiveram apenas um local de voto. Em Lisboa, chegaram a ser distribuídas senhas entre os eleitores para assegurar que quem estava na fila até às 19 horas conseguia ainda votar depois da hora de encerramento da mesa de voto (19h00).

“A experiência foi penosa, principalmente para os eleitores que votaram antecipadamente em Lisboa, registando-se filas de eleitores que davam a volta à Praça do Município, com tempos de espera, no exterior dos Paços do Concelho, de cerca de uma hora, a que se somou outro tanto já no interior”, indicam os democratas-cristãos.

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