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Exportações chinesas pressionam Wall Street

As exportações chinesas caíram em novembro, traduzindo pressões que se abaterem sobre a economia chinesa por causa da guerra comercial com os Estados Unidos. Os investidores centram-se agora no domingo, 15 de dezembro, dia em que a próxima ronda de tarifas impostas pelos EUA às exportações chinesas podem entrar em vigor. 
  • Reuters
9 Dezembro 2019, 14h54

Os três principais índices da bolsa de Nova Iorque iniciaram a semana a negociar em baixa depois de a China ter reportado a quarta queda consecutiva das exportações este ano, com os investidores a recearem que a segunda maior economia mundial está em arrefecimento.

Esta segunda-feira, minutos após a abertura da sessão em Wall Street, o S&P 500 perdia 0,10%, para 3.143,06 pontos; o tecnológico Nasdaq cedia 0,10%, para 27.987,05 pontos; e o tecnológico Nasdaq mantinha-se flat, recuando ligeiramente 0,04%, para 8.653,01 pontos.

As exportações chinesas caíram em novembro, traduzindo pressões que se abaterem sobre a economia chinesa por causa da guerra comercial com os Estados Unidos. À agência “Reuters”, Peter Cardillo, economia chefe da Spartan Capital Securities, em Nova Iorque, disse que “a economia chinesa está a sofrer, mas isto poderá fazer com os chineses dêem um gesto de boa-fé antes que as tarifas sejam colocadas”.

Entretanto, as negociações comerciais entre os EUA e a China continuam sem que, no entanto, as duas maiores economias mundiais tenham chegado ao acordo de “primeira fase”. Os investidores centram-se agora no domingo, 15 de dezembro, dia em que a próxima ronda de tarifas impostas pelos EUA às exportações chinesas podem entrar em vigor.

Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium bcp, salientou que “a Apple será uma empresa a observar, já que os seus produtos poderão ser alvo de taxas alfandegárias”.”A Skyworks e a Qorvo, ambos fornecedores da ‘gigante da maçã’ estavam a reagir em alta após nota de uma casa de investimento”, adiantou.

O ministro chinês, Ren Hongbin, disse que a China espera alcançar um acordo com os EUA com base no respeito e igualdade e que o acordo deverá satisfazer os principais objetivos de ambas as partes. Ramiro Loureiro relembrou que, neste acordo de “primeira fase”, “a China pretende que algumas tarifas impostos sobre produtos seus, importados pelos EUA, no valor de 375 mil milhões de dólares, sejam retiradas” e que as tarifas previstas para dia 15 de dezembro sejam, entretanto canceladas.

Por seu turno, os EUA “pretendem que a China se proponha a comprar uma quota mínima em produtos agrícolas, entre outras concessões em propriedade intelectual, moeda e acesso aos mercados chineses”, explicou o analista do BCP-

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está a cair. Em Londres, o barril de Brent negoceia nos 64,12 dólares, depois de perder 0,42%. Nos EUA, o West Texas Intermediate cai 0,79%, para 58,73 dólares.

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