Depois de ter registado uma contração expressiva no final do primeiro trimestre, as exportações chinesas continuam a mostrar sinais de recuperação contrariando as previsões dos analistas que previam uma ligeira queda entre maio e julho.
De acordo com a notícia avançada pelo “Financial Times”, esta sexta-feira, o comércio externo chinês aumentou 7,2% em julho comparativamente ao período homólogo do ano passado, sugerindo uma resiliência na atividade comercial do país apesar do impacto persistente da pandemia do novo coronavírus a nível mundial. Os dados da administração aduaneira da China sugerem ainda que, em relação a junho, registou-se uma subida de 0,5%.
Esta subida ligeira nas exportações reflete uma recuperação da economia global no segundo trimestre deste ano. Este crescimento também se verificou nas exportações norte-americanas que, em julho, subiram 12,5% após uma queda acentuada registada nos primeiros cinco meses do ano. Segundo o “FT”, os números desta sexta-feira foram reforçados, em parte, pelo aumento das exportações para o sudeste da asiático. Já a exportações para o resto do mundo aceleraram em relação a junho, quando aumentaram 3% e superaram as previsões de pouco ou nenhum crescimento.
Os economistas argumentam que as exportações chinesas beneficiaram da Covid-19 dado que isso impulsionou a transação de equipamentos médicos e outros produtos relacionados com o teletrabalho. Martin Rasmussen, economista da Capital Economics para a China, apontou que “remessas de máscaras, produtos médicos e equipamentos para trabalho em casa” dão suporte aos dados de exportação.
Quanto às importações chinesas, estas caíram 1.4% em julho, em relação a 2019, enquanto que no mês anterior tinha-se verificado uma subida.
A recuperação económica da China tem sido mista, com o crescimento industrial apoiado pelo Estado enquanto que o poder do consumidor continua a mostrar níveis fracos de recuperação. Nos primeiros seis meses do ano a economia chinesa contraiu 1,6%. Nos primeiros três meses do ano a economia contraiu 6,8%, mas entre abril e junho cresceu 3,2%.
Em julho, as exportações subiram para 237 mil milhões de dólares (cerca 200 mil milhões de euros). As importações caíram para 175 mil milhões de dólares (cerca 147 mil milhões de euros). O superavit comercial do país fixou-se nos 62 mil milhões de dólares (cerca 52 mil milhões de euros).
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