Exportações devem atingir 50% do PIB até meados da próxima década

As exportações deverão atingir 50% do peso do PIB até meados da próxima década, realçou hoje o secretário de Estado da Internacionalização.

“Continuamos a ter dois desafios que temos de melhorar e concretizar: até meados da próxima década atingir os 50% do peso do PIB e crescer acima da média de crescimento do PIB, de forma a podermos também importar melhor e importar mais o que precisamos”, realçou o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

O governante discursava nos ‘Open Days PME Connect’, um evento de ‘business networking’ em que foram partilhadas experiências no âmbito do projeto PME Connect e feito um balanço do trabalho realizado até aqui, o qual decorreu entre 20 e 22 de fevereiro no Auditório da Casa da América Latina e UCCLA, em Lisboa.

Eurico Brilhante Dias salientou a necessidade de apostar na diversificação de mercados, porque apesar de ter diminuído o número de empresas que exportam para um só mercado – menos de duas mil –, ainda há empresas em que isso acontece, e são cerca de dez mil.

“Há um trabalho importante que estamos a fazer de alargamento da base de países para onde exportamos, mas a principal dificuldade ainda está nas PME», revelou.

“O país continua a sentir uma grande dificuldade em alargar a base de empresas exportadoras, principalmente dada a perda de empresas exportadoras, que não consolidam a oferta em mercados externos e acabam por regressar apenas ao mercado interno, ou mesmo empresas que acabam por entrar em falência”, alertou Eurico Brilhante Dias.

“Mas há outras empresas que se juntam: de meio milhar que saem, outras cinco mil entram, contribuindo para o mercado exportador”, explicou Eurfico Brilhante Dias.

O secretário de Estado da Internacionalização considerou que o PME Connect está muito alinhado com a política pública no quadro da internacionalização, porque é um contributo para aumentar as exportações.

“A colaboração entre os grupos fortemente internacionalizados e as PME, como acontece nesta iniciativa, vai neste sentido, e por isso é de louvar. Porque o processo de internacionalização não é uma tarefa do governo, é um processo coletivo, e temos de olhar para a procura externa como motor de desenvolvimento para continuarmos a crescer”, defendeu.

O evento contou com a intervenção de mais de 80 oradores, entre representantes de grandes empresas portuguesas, PME e organismos públicos, representações diplomáticas, académicos e membros do governo, e foram apresentados casos concretos de experiências internacionais, para além de serem transmitidas diferentes visões e conhecimento sobre a internacionalização e competitividade da economia portuguesa.