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Facebook: organização de apoio a investidores pede demissão de Mark Zuckerberg

O Open MIC acredita que o CEO do Facebook deve “enfrentar as consequências da sua falta de ação”.
10 Abril 2018, 10h36

A organização norte-americana Open MIC, influente nas decisões de acionistas de empresas tecnológicas, divulgou um comunicado a pedir a saída de Mark Zuckerberg do Facebook, pelo seu próprio pé ou que o conselho de administração da empresa o demita.

Na nota, o grupo de investidores avisa que CEO do Facebook deve sofrer as consequências da sua atitude passiva, remetendo para o recente escândalo com a privacidade dos dados dos utilizadores da rede social.

Responsável por aconselhar os acionistas na melhoria de empresas do setor tecnológico, o Open MIC acredita que o ‘Cambridge Analyticagate’ é apenas um dos muitos erros que Mark Zuckerberg fez ao comando da gigante tecnológica. Após a notícia de que a informação dos utilizadores estaria a ser extraviada, a entidade considera que “Zuckerberg deu respostas confusas, recusando-se a fornecer qualquer tipo de solução concreta”.

“Se qualquer outra empresa de capital aberto continuasse a não melhorar o seu desempenho em questões tão críticas quanto estas, o CEO já teria renunciado ou sido demitido. Zuckerberg deve enfrentar consequências da sua falta de ação, e é por isso que a Open MIC está a pedir que ele renuncie – ou que o conselho do Facebook o demita”, defende Michael Connor, diretor-executivo da organização.

O porta-voz deste grupo argumenta que, “no mínimo”, a empresa deve tomar medidas para separar as funções de CEO e de chairman de Mark Zuckerberg, “proporcionando, assim, uma melhor governance para a empresa. “O Facebook afeta a vida de centenas de milhões todos os dias. É hora de um CEO agir com rapidez e transparência”, realça Michael Connor.

Na semana passada, o Facebook reconheceu que os dados de até 87 milhões de utilizadores daquela rede social teriam sido partilhados “inadequadamente” com o Cambridge Analytica. Entretanto, a comissária europeia para a Justiça, Vera Jourová, enviou uma carta ao CEO do Faceboo a pedir “esclarecimentos” sobre até que ponto o escândalo terá afetado utilizadores europeus da rede social e deu-lhe um período de duas semanas para receber esses esclarecimentos.

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