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Facebook pressionado por eurodeputado a renovar políticas de privacidade

Depois da noticia de que a gigante tecnológica forneceu dados pessoais a terceiras empresas, como a Netflix e Airbnb, e emails do Governo britânico terem sido divulgados, o Parlamento Europeu vem agora pressionar a gigante tecnológica a reforçar as suas políticas de privacidade
  • Getty Images
7 Dezembro 2018, 13h09

O eurodeputado Claude Moraes  pediu uma regulamentação atualizada do Facebook, bem como de outras redes sociais, depois de uma série de emails entre membros do Parlamento Europeu terem sido divulgados esta quarta feira, 5 de dezembro. Entre as várias mensagens eletrónicas foram divulgados também documentos internos do Comité Britânico de Cultura, Media e Desporto e emails de funcionários executivos do Facebook, incluindo do CEO Mark Zuckerberg, em que se discute a possibilidade de cobrarem aos criadores de outras plataformas acesso aos dados de utilizador e de bloquear o acesso aos mesmos dados mas por parte da concorrência, como a plataforma ‘Vine’.

https://jornaleconomico.pt/noticias/facebook-partilhou-dados-de-utilizadores-com-a-netflix-e-airbnb-385830

A notícia é avançada pela ”CNBC” que informa também que Claude Moraes, membro do Parlamento Europeu em representação do Partido Trabalhista do Reino Unido, disse, em resposta ao canal, que a Comissão Europeia deveria renovar as suas regras de concorrência para investigar o “possível monopólio” dos direitos dos gigantes das redes sociais e “auditar a indústria da publicidade nas redes sociais”.

”No Parlamento Europeu, levantámos preocupações constantes sobre a manipulação de dados online. Deixámos claro que a lei da concorrência é crucial para garantir que os players dominantes sejam responsáveis e que a democracia seja protegida do poder excessivo do mercado”, disse Moraes à ”CNBC”.

“O Facebook está ciente de que não podemos continuar a minar a confiança que os cidadãos depositam, não apenas nas nossas plataformas online, mas na nossa própria democracia. Devem ser levadas a cabo ações para proteger as nossas eleições e o direito dos cidadãos à vida privada, e se Facebook não gosta disso, então, deviam saber que nós não gostamos de interferências e perturbações nas nossas eleições também”, frisou o deputado britânico.

A pressão tem vindo a aumentar sobre o gigante da tecnologia em relação à forma como lida com os dados dos utilizadores e com a interferência externa durante as eleições. O Facebook tem estado envolvido em vários escândalos relativamente à partilha de cerca de 87 milhões de perfis da plataforma, nomeadamente o escândalo do Cambridge Analytica e as negociações com a empresa de relações públicas Definers.

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