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De instituto para universidade: Falar para fora implica mudar de nome de politécnicos

No estrangeiro, a designação Instituto Politécnico gera equívocos. Sobre a mesa está uma proposta, “Universidade Politécnica”, para abrir portas.
  • Foto cedida
17 Dezembro 2019, 07h40

Numa altura crucial da sua internacionalização, o ensino superior politécnico vê na atual designação uma dificuldade que tem de ser ultrapassada através de uma mudança de nome.

“Lá fora é difícil explicar o que é um instituto politécnico. Especialmente na América Latina e na Ásia, a palavra Instituto confunde-se com o ensino secundário vocacional, originando erros de perceção e dificuldades adicionais na captação de alunos internacionais”, explica Pedro Dominguinhos, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) ao Educação Internacional. Já na Europa, acrescenta, a maior parte das instituições congéneres dos institutos politécnicos portugueses são universidades de ciências aplicadas ou universidades politécnicas.

A mudança de nome é uma das propostas do “Ensino Superior para Todos”, documento lançado em julho pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) e entregue ao Governo, uma espécie de caderno de encargos para a legislatura. A designação passaria de Institutos Politécnicos para Universidades Politécnicas. Pedro Dominguinhos explica o porquê da escolha. Universidades “é a denominação global comummente aceite e que promove a afirmação internacional do sistema politécnico, ao mesmo tempo que mitiga um estigma social existente na sociedade portuguesa”. E Politécnicas “clarifica a diferenciação que o sistema binário exige e assegura a continuidade de um sistema que evoluiu e se consolidou nos últimos 40 anos”.

O objetivo não é imitar as universidades, nem ocupar o lugar destas. Não é isso que está em causa. “Queremos manter a nossa missão, aquela que nos está consagrada. A mudança visa sobretudo a afirmação internacional de um nome, e a afirmação social, que também é muito relevante”, salienta Pedro Dominguinhos.

A rede pública de ensino superior politécnico é composta por 15 politécnicos, cinco escolas não integradas e sete universidades, das quais cinco têm assento no CCISP.

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