A falência do grupo Ongoing já custou 670 milhões de euros ao Novo Banco e ao Banco Comercial Português (BCP), que foram incapazes de recuperar os créditos concedidos àqueles que foram dos maiores acionistas da Portugal Telecom (PT), noticia o “Público”.
Este valor resulta da exposição das duas instituições financeiras à Ongoing, que no caso do Banco Espírito Santo (agora Novo Banco) chegou aos 493,5 milhões de euros e no do BCP aos 292 milhões de euros. Mesmo depois das penhoras feitas e de anulados juros sobre as dívidas, “as perdas registadas pelas duas instituições representem cerca de 440 milhões de euros, no caso do Novo Banco, e 230 milhões de euros, no caso do BCP”, informa o jornal.
Segundo o “Público”, os créditos contraídos pelo grupo liderado por Nuno Vasconcelos e Rafael Mora junto do BCP “visaram construir uma posição de 10% na PT, onde mandava o BES. Os empréstimos de 292 milhões de euros estavam garantidos pelos títulos da operadora, mas essa garantia de pouco serviu”.
Depois da derrocada da PT, que acabou por se transformar em Pharol e ver integrada a operação na operadora de telecomunicações brasileira Oi e, depoi, vendida, a exposição do Novo Banco e do BCP à Ongoing coloca este grupo na lista dos maiores devedores.
“À cabeça dos 44 maiores devedores tóxicos do Novo Banco está a grupo Ongoing e o seu líder, Nuno Vasconcelos, com uma exposição actual de 440 milhões de euros”, refere o “Público”. Em 2015, a instituição agora liderada por António Ramalho ainda executou as acções da PT SGPS, hoje Pharol, detidas pela Ongoing, mas o valor da venda apenas rendeu cerca de cinco milhões de euros.
No caso do BCP, a dívida, depois de anulados juros e efectuadas penhoras, é agora de 230 milhões de euros.
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