[weglot_switcher]

Falta de saúde leva Wall Street para o vermelho

A ser notório pela quarta vez desde o início desta earnings season que os investidores não estão para já preparados para impulsionar o mercado para novos máximos históricos, mas também não estão disponíveis para patrocinar uma correcção digna desse nome.
  • Reuters
18 Abril 2019, 07h45

Pelo segundo dia consecutivo Wall Street esteve sob influência de ventos com direcções contrárias, facilitando mais uma sessão em que os índices estiveram inconstantes mas com variações finais negligenciáveis, voltando igualmente a ser notório pela quarta vez desde o início desta earnings season que os investidores não estão para já preparados para impulsionar o mercado para novos máximos históricos, mas também não estão disponíveis para patrocinar uma correcção digna desse nome. Depois dos dados económicos que saíram da China, com realce para o PIB um pouco acima das previsões nos 6,4% contra os 6,3% esperados, que levaram o Citigroup a melhorar a previsão para um crescimento anual de 6,6%, os bons resultados da Morgan Stanley e da Pepsi deram o mote para o optimismo, com valorizações de 2,64% e 3,76% respectivamente.

A financeira gerou um lucro de $2.4 mil milhões no primeiro trimestre ou $1.39 por acção contra os $1.17 antecipados, fruto de receitas que ascenderam aos $10,3 mil milhões, igualmente acima das expectativas que se ficavam pelos $9,94 mil milhões, com os sectores da gestão de fortunas e de negociação de activos a crescerem acima do previsto. Já a gigante dos produtos alimentares lucrou $1.41 mil milhões, acima dos $1.34 mil milhões do ano passado, o que corresponde a $0.97 por acção contra os $0.92 antecipados, com as receitas a chegarem aos $12.88 mil milhões. Do lado inverso esteve o pessimismo dos resultados do Bank of New York Mellon e da IBM, esta última que apesar de ter batido as previsões de lucros com ganhos de $2.25 por acção vs $2.22 referidos pelos analistas, não conseguiu sequer atingir a meta para as receitas, anunciando antes uma contracção das mesmas de 5%, em relação ao primeiro trimestre de 2018 para os $18.18 mil milhões, o que perfaz o terceiro trimestre consecutivo de quedas de receitas após um ciclo de outros vinte e dois trimestres a recuarem, que terminou no final de 2017.

Mas o principal foco de pressão vendedora acabou por vir de novo do sector da saúde, que cedeu -2.89% no S&P500, liderando assim por larga margem as perdas e ainda por causa do ruído que tem sido criado à volta do tema de Medicare for All, que os Democratas estão a tentar implementar e que levaria a uma forte redução dos serviços privados de saúde. No final os índices norte-americanos ficaram entre os -0,01% do Dow Jones e os -0.23% do S&P500, contudo é de notar que as small caps perderam bastante mais valor como se constata pela desvalorização de -0,93% do Russell 2000.

No mercado cambial nada de muito relevante, com os investidores mais concentrados na vertente accionista que deverá hoje estar de novo em foco com mais resultados a serem apresentados em véspera do feriado de sexta-feira santa, o que poderá reduzir um pouco o volume, que ontem foi dentro do normal.

O gráfico de hoje é da IBM o time-frame é Diário

A gigante tecnológica encontrou resistência mesmo em cima da linha azul, que era uma zona propícia a uma retracção como se verificou

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.