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Famílias planeiam gastar 335 euros com regresso às aulas

O estudo do Observador Cetelem indicou ainda que 37% dos agregados familiares não vão gastar além de 250 euros, uma redução de 14 pontos percentuais face a 2020.
  • Doutor Finanças
7 Setembro 2021, 12h02

O regresso às aulas voltou, e desta vez não se verificar-se-á um ensino à distância, e as famílias portuguesas planeiam gastar uma média de 335 euros em material escolar. Este valor está em linha com o montante de 340 euros gasto em 2020, sendo ainda o valor mais baixo despendido pelas famílias nos últimos anos.

Em 2016, as intenções de gastos dos agregados era de 455 euros, tendo diminuído para os 399 euros no ano seguinte. Ao longo dos anos, verificou-se uma tendência de diminuição das previsões de gastos no regresso às aulas, também observada em 2019 quando as famílias pretendiam gastar 363 euros. A tendência só foi interrompida em 2019, quando os encarregados de educação previam gastar 487 euros.

O estudo do Observador Cetelem indicou ainda que 37% dos agregados familiares não vão gastar além de 250 euros, uma redução de 14 pontos percentuais face a 2020. Os encarregados com filhos que frequentam o ensino pré-escolar e o primeiro ciclo, correspondente a 49% dos que responderam ao inquérito, e que residem na região Centro são que os pretendem gastar menos.

Cerca de 29% dos portugueses com estudantes a seu cargo têm a intenção de gastar uma média entre os 251 e os 500 euros, um valor que representa uma subida de 7 pontos percentuais face a 2020, especialmente os inquiridos com filhos no terceiro ciclo (38%). Assim, 6% consideram gastar entre 501 a 700 euros e apenas 1% dos inquiridos tencionam gastar entre 701 e mil euros.

No ensino pré-escolar, os gastos médios são cerca de 287 euros, menos 1% que em 2020, enquanto no primeiro ciclo são cerca de 309 euros, mais 6% que no ano anterior. Por sua vez, no segundo ciclo rondam os 336 euros, mais 5% que em 2020, e no terceiro ciclo cerca de 368 euros, menos 8% que no ano passado. Ainda assim, as despesas tendem a aumentar a partir do ensino secundária, com a intenção de gastos a fixar-se em 390 euros, mais 1% que em 2020.

Em análise às regiões do país, o Centro verificou-se que mais de metade dos inquiridos (68%) não vão gastar mais de 250 euros no regresso às aulas, sendo o gasto médio da região no valor de 282,14 euros. Por outro lado, a Grande Lisboa é aquela onde o gasto médio é mais elevado, situando-se em 387 euros. Já na região Sul o gasto médio será de 351 euros, e onde 41% dos inquiridos revela que tencionam gastar entre 251 a 500 euros. No Norte o gasto médio é de 324 euros, sendo de 319 euros no Grande Porto.

Os encarregados de educação com filhos no ensino público estimam despender em média de 329 euros e aqueles cujos estudantes frequentam o ensino privado 372 euros.

Com a tendência decrescente a verificar-se novamente, os portugueses estão mais conscientes da importância da poupança. No total, 62% dos inquiridos admitem que têm de poupar mais neste regresso às aulas, mais dois pontos percentuais face a 2020. Para poupar no regresso às aulas, os encarregados de educação tencionam aderir às promoções (85%), comprar menos material escolar (34%), comprar materiais mais baratos (29%) e reutilizar mais de outros estudantes (19%). É na região do Grande Porto (74%) que mais encarregados de educação dizem que vão de poupar este ano e menos no Centro (44%).

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