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Faria de Oliveira: Aumentos de capital da banca entre 2008 e 2017 somam 25,9 mil milhões

Entre 2008 e 2017 registaram-se 25,074 mil milhões de euros de aumentos de capital em dinheiro, a que acresce os mais de 900 milhões de CoCo´s da CGD que foram convertidos em capital no fim do período do empréstimo estatal.
  • Cristina Bernardo
7 Maio 2018, 16h50

As contas são da Associação Portuguesa de Bancos, que num almoço com jornalistas, fez o balanço entre os aumentos de capital dos bancos desde a crise, quer dos bancos que usaram capital do Estado, quer da subscrição privada, e ainda o balanço de quanto recebeu o Estado quando emprestou dinheiro via CoCo´s.

Entre 2008 e 2017 registaram-se 25,074 mil milhões de euros de aumentos de capital em dinheiro, a que acresce os mais de 900 milhões de CoCos da CGD que foram convertidos em capital no fim do período do empréstimo estatal.

Portanto soma 25,9 mil milhões incluindo o aumento de capital em espécie da Caixa.

O total de aumentos de capital dos bancos com dinheiro público somam no período 12,566 mil milhões, entre os 4,9 mil milhões injetados pelo Fundo de Resolução no Novo Banco, e os 2,466 milhões injetados no Banif, também alvo de Resolução, e os 5,2 mil milhões de aumento de capital da CGD.

Os bancos privados fizeram aumentos de capital no período de 12,408 mil milhões em cash. Refere-se a APB a 340 milhões de euros do BPI; 5,331 mil milhões do BCP; do ainda BES 3,252 mil milhões e do Novo Banco mil milhões injetados pelo acionista privado Lone Star, após venda de 75%. Acresce ainda 700 milhões do Banif e 1,785 mil milhões do Montepio Geral.

No que se refere à capitalização via CoCo´s subscritos pelo Estado, e nessa qualidade contabilizados como rácio de capital core (CET1), Faria de Oliveira salientou que somaram 5,8 mil milhões de euros, mas 4,775 mil milhões foram liquidados (pagos pelos bancos). Tendo sido convertido mais de 900 milhões da CGD em capital da Caixa e tendo ficado em dívida 125 milhões do Banif.

No entanto, o presidente da APB salienta que o saldo foi positivo para o Estado, uma vez que em juros, dividendos e comissões os CoCos (instrumentos de capital contingente) renderam 1,228 mil milhões de euros ao erário público.

 

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