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Farmacêutica Moderna passa de prejuízos a lucros superiores a 2 mil milhões de dólares

As encomendas da vacina contra a Covid-19 impulsionaram as receitas semestrais para a farmacêutica. Depois dos prejuízos em 2020, a Moderna regista agora lucros superiores a dois mil milhões de dólares.
  • REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
5 Agosto 2021, 15h44

A farmacêutica norte-americana Moderna registou uma receita na ordem dos 4,4 mil milhões de dólares (cerca de 3,71 mil milhões de euros) no primeiro semestre de 2021, impulsionada por vendas no valor de 199 milhões de dólares (cerca de 168 milhões de euros) da vacina contra a Covid-19. Feitas as contas, os lucros da empresa situaram-se nos 2,8 mil milhões de dólares (2,36 mil milhões de euros), na primeira metade do ano.

Em 2020, o primeiro semestre da farmacêutica tinha registados prejuízos de 241 milhões de dólares (cerca de 203,45 milhões de euros).

Os resultados ultrapassavam as expectativas de analistas da “MarketWatch” que previam que a receita se situasse nos 4,2 mil milhões de dólares (cerca de 3,55 mil milhões de euros).

Certo de que a Moderna continuará a fornecer vacinas contra a Covid-19 nos próximos anos, analistas preveem que este ritmo de crescimento se mantenha, uma vez que as conversas para a encomenda de doses até 2023 para vários pontos do mundo, incluindo a União Europeia, continuam em aberto. As encomendas para este ano já acumularam 20 mil milhões de dólares (16,88 mil milhões de euros) para a farmacêutica e para o próximo estão fechados 12 mil milhões de dólares (cerca de 10,13 mil milhões de euros) em pedidos, com a possibilidade de serem encomendadas mais vacinas no valor de oito mil milhões de dólares (perto de sete mil milhões de euros).

“Estou orgulhoso do progresso que as equipas da Moderna fizeram no último trimestre” na resposta à pandemia global, disse Stéphane Bancel, presidente executivo da Moderna, citado num comunicado divulgado pela empresa. Na primeira metade do ano, a receita da farmacêutica atingiu 6,3 mil milhões de dólares (cerca de 5,32 mil milhões de dólares), em comparação com os 75 milhões (63,32 mil milhões de euros), no mesmo período em 2020.

Os resultados chegam numa altura em que a farmacêutica anunciou que a vacina desenvolvida contra a Covid-19 demonstrou cerca de 93% de efetividade durante os seis meses que se seguiram à toma da segunda dose, o que revela uma alteração ligeira em relação à eficácia de 94% reportada depois ensaio clínico original. A efetividade do fármaco apresenta assim uma maior durabilidade quando comparada com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech que registou uma redução de 6% na sua eficácia a cada dois meses, situando-se nos 84% seis meses depois da segunda dose. A

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