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Farmácias já realizaram mais de sete milhões de testes desde o início do ano

“As medidas que têm vindo a ser tomadas têm levado ao reforço da testagem, o que nos tem permitido identificar casos de infeção que, de outra forma, não se conseguiriam identificar, uma vez que as pessoas não apresentam sintomas”, destaca Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, ao JE.
13 Julho 2021, 17h41

As farmácias portuguesas têm sentido uma corrida à realização de testes desde que o Executivo decretou a obrigatoriedade dos clientes da restauração e da hotelaria apresentarem um teste negativo, ou certificado de vacinação e recuperação, na chegada aos estabelecimentos, entre sextas-feiras a domingos e no momento do check-in.

Apesar de 70% da população nacional já ter, pelo menos, uma dose da vacina, a maioria ainda não pode recorrer aos certificados digitais, o que significa que terão de optar pela realização de testes se querem ir jantar ou almoçar fora aos fins de semana.

Em entrevista ao Jornal Económico, Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, admite que podem ser observadas “falhas pontuais” na disponibilidade de testes e que o número de farmácias a realizar testes comparticipados pelo Executivo vai aumentar nos próximos tempos.

A medida do Governo entrou em vigor no passado sábado mas foi anunciada na quinta-feira. Qual o nível de procura dos testes da Covid-19 nas farmácias nacionais?
Ao longo das últimas semanas temos sentido um aumento crescente dos testes Covid-19 realizados nas farmácias. O incentivo à testagem é fundamental para controlo da pandemia. A par da vacinação, a realização frequente de testes à Covid-19 é uma medida importantíssima de Saúde Pública. As medidas que têm vindo a ser tomadas têm levado ao reforço da testagem, o que nos tem permitido identificar casos de infeção que, de outra forma, não se conseguiriam identificar, uma vez que as pessoas não apresentam sintomas. Conseguimos quebrar cadeias de transmissão de forma mais eficaz e, por outro lado, há um importante reforço na segurança das comunidades e retoma das atividades económicas.

Sentiram um aumento de procura desde a semana passada?
Sentimos um aumento significativo, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, quando o teste negativo foi considerado condição para efeitos de circulação. Também o contributo que o Governo Regional da Madeira e os municípios de Lisboa, Oeiras, Odivelas, Lagoa ou Amadora têm dado, incentivando a testagem dos seus munícipes, tem sido fundamental. Esta sensibilização e apoio têm sido determinantes na evolução positiva do número de testes realizados nestas localidades, ao longo dos últimos meses. As medidas anunciadas pelo Governo que entraram em vigor no final da semana passada, agora que os portugueses as conhecem melhor, vão, provavelmente, fazer-se sentir mais no final desta semana.

Quantas testes foram realizados em farmácias desde que foram autorizadas a fazer testes antigénio? 
Desde início de 2021 que as farmácias portuguesas integram a Estratégia Nacional de Testagem. Do início do ano até à data de hoje, as farmácias já realizaram mais de sete milhões e 546 mil testes à Covid-19.

Prevê-se que o número de farmácias a realizar testes comparticipados pelo Governo aumente nos próximos dias?
Sim. Neste momento, o número de farmácias já está nas 200 e acreditamos que este número possa vir a aumentar.

As farmácias dizem que têm sentido muitas marcações. Ainda existem vagas disponíveis?
Existem certamente muitas vagas disponíveis e também este número continuará a aumentar. Temos mais de 750 farmácias a realizar testes Covid-19 no nosso País. As farmácias estão próximas das pessoas e bem distribuídas por todo o território nacional. Além de cada uma das farmácias estar a fazer importantes investimentos no reforço da sua capacidade, o número de farmácias preparadas e disponíveis para apoiar as suas populações no âmbito da testagem também vai continuar a aumentar.

O mercado pode começar a sentir falta de testes nos próximos dias?
Acreditamos que as falhas que possam existir são pontuais. Mantemos contacto próximos com as empresas que fornecem e distribuem testes e a informação que temos é que não existe um problema com a quantidade de testes que estão e continuarão a estar disponíveis no nosso país.

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