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“Fazemos uma reavaliação permanente”: Governo está alinhado com declaração de Marcelo

Ministro da Administração interna diz que o Governo faz “uma reavaliação permanente quer da evolução da pandemia, quer das medidas que são necessárias numa salvaguarda da sua adequação e proporcionalidade”.
  • JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
17 Janeiro 2021, 18h28

O ministro da Administração Interna garantiu que o Governo está alinhado com a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, que este domingo não descartou a necessidade de medidas de restrição mais apertadas. Eduardo Cabrita vincou que o Executivo faz uma “reavalização permanente” da situação.

“Aquilo que fazemos é uma reavaliação permanente quer da evolução da pandemia, quer das medidas que são necessárias numa salvaguarda da sua adequação e proporcionalidade. Julgo que foi esse o sentido da declaração do senhor presidente da República, com a qual estamos totalmente de acordo”, afirmou o governante este domingo em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, à saída de uma mesa de voto no Barreiro.

O ministro acrescentou que “fazemos essa revisão sempre. Temo-lo feito desde março”, vincando que o o Governo tem “feito permanentemente uma adequação que é difícil e exigente em Portugal como em qualquer país do mundo entre aquilo que é a necessidade de garantirmos as medidas sanitárias adequadas, combater a pandemia, defender a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde e aquilo que é a salvaguarda sempre que possível da economia, da vida em sociedade”, dando nota de que amanhã irá reunir mais uma vez a estrutura de monitorização do Estado de Emergência.

Cabrita elogia participação eleitoral dos portugueses no voto antecipado

O ministro da Administração Interna destacou “o grande empenho dos portugueses na participação democrática”, em alusão à afluência às urnas em todo o país para exercer o voto em mobilidade e o voto antecipado.

“Vejo aqui um entusiasmo nestas eleições, naqueles quase 250 mil portugueses que se registaram para o voto antecipado manifesta a alegria do voto semelhante à alegria do voto nas primeiras eleições democráticas”, disse, considerando que tal “significa que em tempos muito difíceis, em tempos em que estamos todos concentrados no combate à pandemia, temos que afirmar também os valores da democracia. Aquilo que registamos na mesa em que acabei de votar a participação é já superior a 75% dos cidadãos inscritos é uma grande vontade de participação”.

O ministro mostrou ainda “reconhecimento” por “todos os portugueses que se inscreveram para participar neste ato eleitoral, todas as autarquias do país que em colaboração com administração eleitoral” e que “estão a montar o sistema que multiplica mais do que quatro vezes o anterior registo máximo de participação no quadro de votação antecipada em mobilidade, e também os milhares de elementos em mesas de voto e todas as pessoas que em todo o país hoje contribuíram para a realização deste ato eleitoral”.

“Há um número muito significativo de pessoas, cerca de metade dos que se inscreveram para o voto em mobilidade estão pessoas que estão a usar a faculdade de votar num concelho diferente daquele em que estão recenseados. Provavelmente, se não fosse esta oportunidade a maioria deles não participaria sequer no ato eleitoral”, frisou, salientando que “as regras sanitárias têm vindo a ser respeitadas para garantir a plena segurança do voto”.

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