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Fazer um mealheiro ou evitar compras a crédito. Sete dicas para poupar nas suas finanças

No dia mundial da poupança o portal ‘Doutor Finanças’ mostra-lhe como poupar e gerir as suas economias pessoais e familiares.
31 Outubro 2021, 11h30

O final do mês coincide com o período de pagamentos das despesas da vida quotidiana. No dia mundial da poupança e com a quadra natalícia a aproximar-se cada vez mais, o portal ‘Doutor Finanças’ mostra-lhe como poupar e gerir as suas economias.

Fazer um mealheiro, evitar compras com cartões de crédito ou rever os seus seguros são algumas das sete dicas úteis apresentadas pelo portal especialista em finanças pessoais e familiares.

Iniciar a poupança com um pagamento mensal a nós mesmos

Olhar para a poupança como uma prioridade, um investimento e não tentar poupar algum dinheiro que sobra e que acaba por “competir” com atividades de lazer, compras de última hora, etc. A maioria das instituições bancárias já oferecem possibilidades que permitem, através de entregas programadas, por exemplo, ou arredondamentos, colocar algum dinheiro de parte, que vai diretamente para a nossa conta bancária. Se começarmos com 25 euros, por exemplo, por mês, ao final do ano poupamos 300 euros. Podemos ainda estender a técnica ao reembolso do IRS e subsídios de Natal e férias, aproveitando para engordar a nossa poupança.

Apostar na economia doméstica

Esta dica passa por registar todas as despesas que temos, para rapidamente percebermos onde podemos poupar. Por exemplo, fazer uma lista quando vamos ao supermercado e, se possível, agendar uma compra mensal. Este esquema evitará distrações supérfluas e permitirá rentabilizar melhor as promoções. Outra dica é utilizar os cartões dos supermercados, que muitas vezes acumulam descontos ou dinheiro em cartão. Em casa, podemos sensibilizar a família para a importância de apagar luzes, poupar água, entre outros, assumindo também um comportamento mais sustentável.

Serviços: rever contratos e subscrições

Seja nos contratos de energia ou telecomunicações, muitas vezes acabamos por estar a pagar por serviços dos quais não necessitamos ou nem sequer usufruímos. Temos que verificar se temos débitos deste género e cancelar o que já não usamos. O melhor é analisar esses contratos, fazer contas e ver o que a concorrência oferece. Por outro lado, a redução dos serviços, por norma, faz também baixar a fatura. No caso da energia, devemos comparar as várias operadoras e escolher a que é mais vantajosa.

Evitar comprar a crédito ou por impulso

O recurso ao crédito é, por vezes, necessário, já que permite comprar produtos que, de outra forma, teríamos de esperar para adquirir. No entanto, esta facilidade faz com que muitos acabem por comprar mais e mais caro do que realmente necessitam e, por vezes, coisas que nem sequer precisam. A regra deve ser: comprar a crédito o que é absolutamente necessário e verificar bem quais as condições desse crédito. Optar também por pagar no menor tempo possível. No caso do crédito automóvel, por exemplo, faz muita diferença pagar um carro a 3 anos ou a 5, por exemplo.

Outra dica passa por acabar com os cartões de crédito, já que acabamos por ficar com a perceção (errada) de que dispomos de mais dinheiro do que realmente temos. Muitas vezes acabam por ser o suporte das compras por impulso.

Encontrar um mealheiro. Ou vários!

Há quem use o mealheiro para colocar as moedas de valor mais baixo que tem na carteira ao final do dia, há quem faça precisamente o contrário, colocando as moedas de maior valor. Seja qual for a estratégia, no final do mês já vemos resultados. Também podemos arranjar vários mealheiros com propósito específico e envolver toda a família: um mealheiro para as férias, outro para despesas imprevistas, por exemplo.

Ponderar comprar (e vender) em segunda-mão

Seja brinquedos, roupa, eletrodomésticos, viaturas, o que quer que necessitemos iremos seguramente conseguir comprar usado e em bom estado. Poderemos conseguir fazer muito bons negócios e até desfazer-nos de coisas de que já não necessitamos e ainda recebermos por isso.  Plataformas como o Marketplace (Facebook), o OLX ou o custoJusto, são exemplos.

Rever seguros e renegociar créditos

Rever e renegociar contratos de crédito e seguros é uma forma de reequilibrar as contas da família, conseguindo gerar poupanças significativas.

No caso dos seguros, é necessário analisar franquias e verificar se temos alguma duplicação das coberturas. Podemos pedir simulações e considerar colocar todos os seguros na mesma empresa, uma vez que muitas vezes há descontos.

Se temos créditos, nomeadamente habitação, podemos a qualquer altura tentar melhorar as condições do empréstimo. Transferir os créditos ou fazer consolidação (juntar todos os créditos num só), pode permitir poupanças consideráveis.

Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, explica que “quanto mais nos for incutido desde crianças, mais fácil será para nós, enquanto adultos, conseguirmos poupar e termos uma vida financeira estável e mais folgada, sempre prevendo gastos suplementares que a qualquer momento podem surgir. O importante é analisar as nossas contas, rever prioridades e seguir alguns conselhos à risca”.

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