O FC Porto garantiu que todo “o acervo de e-mails” a que teve acesso “chegaram sem qualquer contrapartida financeira ou outra”, de acordo com comunicado publicado esta quinta-feira no site oficial dos ‘dragões’
Em reação à detenção de Rui Pinto, alegado ‘hacker’ que terá sido responsável pela obtenção ilícita de emails do Benfica, o FC Porto defende “que seja feita justiça nos processos em curso envolvendo atentados à verdade desportiva, sendo que alguns deles estão já com acusações deduzidas”.
O ‘pirata’ informático Rui Pinto foi detido esta quarta-feira em Budapeste no âmbito do Mandado de Detenção Europeu, estava a ser vigiado pela polícia húngara há 15 dias, ou seja, desde o início deste ano, no âmbito do pedido de cooperação internacional que foi solicitado pelas autoridades policiais portuguesas.
Rui Pinto foi detido em casa depois de estar a ser vigiado desde o início do ano no âmbito da vigilância policial desencadeada no início de 2019, e que estava a acompanhar todos os passos do ‘hacker’ português que é suspeito dos crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo.
Leia aqui o comunicado do FC Porto:
“A detenção, na Hungria, de um cidadão português sob suspeita de vários crimes, tornada pública pela Polícia Judiciária, tem sido naturalmente objeto de notícias e comentários em torno do designado processo dos e-mails, alguns, porém, com a pretensão expressa de associar o nome do nosso clube e da sua sociedade anónima desportiva para o futebol profissional a essa detenção.
O FC Porto reitera o que sempre afirmou. A saber:
– O nosso Diretor de Informação e Comunicação teve conhecimento de um volumoso conjunto de e-mails, alguns importantes na sua substância por indiciarem práticas irregulares e eventualmente criminosas no plano da verdade desportiva no futebol profissional.
– O teor de alguns desses e-mails foram divulgados no Porto Canal no exercício pleno do direito a informar e ser informado, ponderados todos os prós e contras face à delicadeza da matéria de fundo que apontava para eventuais práticas de tráfico de influência e corrupção.
– Todo o acervo de e-mails que chegaram ao nosso Diretor de Informação e Comunicação, sem qualquer contrapartida financeira ou outra, foram entregues à Polícia Judiciária em simultâneo com o processo de denúncia pública.
Assim, a expetativa do FC Porto é uma só: a de que seja feita justiça nos processos em curso envolvendo atentados à verdade desportiva, sendo que alguns deles estão já com acusações deduzidas.”
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